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HOMENS DA NATUREZA

Nesta terça-feira, 19 de abril, é o Dia do Índio, dos homens da natureza, que a tratam como merece, como respeito, admiração, amor… Como mãe! E para celebrar uma data tão importante, trechos da “Carta do Cacique Seattle” de 1855. Os índios são os verdadeiros colonizadores dessa terra que chamamos de “nossa”.

A CARTA

“Como podeis comprar ou vender o céu, o calor do chão? A idéia não tem sentido para nós.

Se não possuímos o frescor do ar ou o brilho da água, como podeis querer comprá-los? Qualquer parte  desta terra é sagrada para meu povo. Qualquer folha de pinheiro, qualquer praia, a neblina dos bosques sombrios, o brilhante e zumbidor inseto, tudo é sagrado na memória e na experiência de meu povo (…).

(…) Nossos mortos jamais esquecem esta terra maravilhosa, pois ela é a mãe do homem vermelho. Somos parte da terra e ela é parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs, os gamos os cavalos, a majestosa águia, todos nossos irmãos. Os picos rochosos, a fragrância dos bosques, a energia vital do pônei e do homem, tudo pertence a uma só família.

A límpida água que percorre os regatos e rios não é apenas água, mas o sangue de nosso ancestrais (…)

Os rios são nossos irmãos,  eles nos saciam a sede. Levam as nossas canoas e alimentam nossas crianças (…)

Nós mesmos sabemos que o homem branco não entende nosso modo de ser. Para ele um pedaço de terra não se distingui de outro qualquer, pois é um estranho que vem de noite e rouba da terra tudo de que precisa. A terra não é sua irmã, mas sua inimiga, depois que a submete a si, que a conquista, ele vai embora, à procura de outro lugar (…) Trata a sua mãe, a terra, e seu irmão, o céu, como coisas a serem compradas ou roubadas, como se fossem peles de carneiro ou brilhantes contas sem valor. Seu apetite vai exaurir a terra, deixando atrás de si só desertos. Isso eu não compreendo. Nosso modo de ser é completamente diferente do vosso. A visão de vossas cidades faz doer os olhos do homem vermelho. Talvez seja porque o homem vermelho é um selvagem e como tal, nada possa compreender.

Nas cidades do homem branco não há um só lugar onde haja silêncio, paz. Um só lugar onde ouvir o farfalhar das folhas da primavera, o zunir das asas de um inseto. Talvez seja porque sou um selvagem e não possa compreender.

O barulho serve apenas para insultar os ouvidos. E que vida é essa onde o homem não pode ouvir o pio solitário da coruja ou o coaxar das rãs à margem dos charcos à noite? O índio prefere o suave sussurrar do vento esfolando a superfície das águas do lago, ou a fragrância da brisa, purificada pela chuva do meio-dia ou aromatizada pelo perfume dos pinho.

O ar é precioso para o homem vermelho, pois dele todos se alimentam. Os animais, as árvores, o homem, todos respiram o mesmo ar (…)

Sou um selvagem e não compreendo de outro modo. Tenho visto milhares  de búfalos a apodrecerem nas pradarias, deixados pelo homem branco que neles atira de um trem em movimento.

Sou um selvagem e não compreendo  como o  fumegante cavalo de ferro possa ser mais importante que o búfalo, que nós caçamos apenas para nos mantermos vivos.

Que será dos homens sem os animais? Se todos os animais desaparecessem, o homem morreria de solidão  espiritual. Porque tudo isso pode cada vez mais afetar os homens. Tudo está encaminhado.

(…) Que a terra é a nossa mãe. Quando o homem cospe sobre a terra, está cuspindo sobre si mesmo. De uma coisa nós temos certeza. A terra não pertence ao homem branco; O homem branco é que pertence à terra (…)

Mesmo o homem branco, a quem Deus acompanha e com quem conversa como um amigo, não pode fugir a esse destino comum. Talvez, apesar de tudo, sejamos todos  irmãos.

(…) De uma coisa sabemos, é que talvez o homem branco venha a descobrir um dia: Nosso Deus é o mesmo Deus.

Podeis pensar hoje que somente vós o possuís, como desejais possuir a terra, mas não podeis. Ele é o Deus do homem e sua compaixão é igual tanto para o homem branco, quanto para o homem vermelho.

Esta terra é querida dele, e ofender a terra é insultar o seu criador (…)

(…) Onde está o matagal? Desapareceu. Onde está a águia? Desapareceu. O fim do viver e o início do sobreviver”.

Fonte: SP Norte, 15 a 21 de abril de 2011, Seção ECOLUNA, por Samantha Trad

EMPREENDIMENTO TRECHO NORTE RODOANEL MARIO COVAS

Qual a nossa responsabilidade pelas mudanças que esse empreendimento vai causar na Serra da Cantareira. Esta é apenas uma dimensão do problema. Nosso planeta está mudando e esta mudança é causada em grande parte pela ação humana. A Terra é a nossa casa. Estamos morando nela por um tempo. Quando a deixarmos outros ocuparão. Devemos deixar a casa em condições para que as gerações futuras possam viver bem nela. Por muitos séculos a ação do ser humano em relação ao Planeta Terra foi marcada pelo desrespeito. O homem não via a terra como parte da sua existência, mas como um objeto a ser dominado e espoliado. Entre o cuidado com o Planeta, as vidas nele contida e a ganância, ficava-se com a ganância. O empreendimento “Rodoanel Mário Covas” provocará mudanças nos municípios de São Paulo, Guarulhos, Mairiporã e Caieiras e essas gerarão em toda população uma situação de insegurança, pois já temos assistido as destruições causadas pelas variações do clima. No meio disso estão as populações mais pobres, certamente as mais vulneráveis a este tipo de situação. Temos o desafio, não só de refletir esta realidade, mas também de assumirmos compromissos na perspectiva de frear as iniciativas que contribuem para esse empreendimento. Esses compromissos são pessoais, mas devem atingir a toda a sociedade que nos últimos anos tem adotado um padrão de vida e consumo insuportável no que se refere ao uso dos recursos naturais. Se a mudança não atingir a sociedade e o seu padrão de vida e consumo, o que chamamos de civilização, todos os esforços pessoais serão em vão. A mudança deve atingir a nossa mentalidade e a mentalidade da sociedade como um todo.

A VIDA EM NOSSO PLANETA

EMPREENDIMENTO “RODOANEL METROPOLITANO MÁRIO COVAS TRECHO NORTE”

A civilização tem isto de terrível: o poder indiscriminado do homem abafando os valores da Natureza. Se antes recorríamos a esta para dar uma base estável ao Direito (e, no fundo, essa é a razão do Direito natural), assistimos, hoje, a uma trágica inversão, sendo o homem obrigado a recorrer ao Direito para salvar a natureza que morre”.

(Miguel Reale, Memórias, São Paulo: Saraiva, 1987, v.1, p.297)

Desejo cuidar da obra da criação que está ao meu alcance, a Serra da Cantareira, a maior floresta urbana do mundo que faz parte da zona norte de São Paulo. Declarada parte da Reserva da Biosfera do Cinturão verde da cidade de São Paulo pela UNESCO em 1994.

Classificada como uma das maiores florestas urbanas nativas do mundo. Possui uma área de 7.916,52 hectares, que abrangem os municípios de São Paulo, Guarulhos, Mairiporã e Caieiras.

Sua maior porção está localizada na Zona Norte de São Paulo, constituindo um importante remanescente da Mata Atlântica. Foi criada através do decreto nº 41.626/63, grande parte da região era constituída por fazendas principalmente de café, cuja desapropriação teve papel importante no início do abastecimento de água do estado de São Paulo.

Cantareira foi o nome dado à Serra pelos tropeiros que faziam o comércio entre São Paulo e as outras regiões do país, nos séculos XVI e XVII, devido à grande quantidade de nascentes e córregos encontrados na região. Era costume, na época, armazenar água em jarros de barro, chamados cântaros, e as prateleiras onde eram guardados chamavam-se Cantareira.

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