Arquivo mensais:junho 2012
GREENPEACE – ASSINE PELO DESMATAMENTO ZERO
Olá, Conceição!
Frente ao fracasso iminente da Rio+20, precisamos agir se quisermos transformar o mundo em um lugar mais justo. E nessa hora, a colaboração entre as pessoas é fundamental. Nós acreditamos que uma mudança no comportamento só vai acontecer quando as pessoas pedirem claramente aos governantes o que desejam para o futuro.
Por isso, mais do que nunca precisamos que assine hoje pelo fim da destruição das nossas florestas. Em qualquer lugar do Brasil, você pode participar. Assinando nossa petição e compartilhando nas suas redes sociais e e-mail, clique no botão abaixo e assine.
Você ainda pode fazer muito mais. Imprima o formulário para coletar assinaturas aqui e circule entre seus amigos e familiares e envie para o Greenpeace. Participe!
Um abraço,
Tatiana de Carvalho
Coordenadora da Campanha da Amazônia
Greenpeace
Ajude o Greenpeace a proteger o planeta
Assine pelo Desmatamento ZeroJuntos podemos levar para o Congresso uma lei popular pelo fim da destruição das florestas. Entre na Liga das Florestas. Assine, compartilhe, ajude a salvar a flora e a fauna nacionais e participe da construção de um futuro verde para o Brasil.
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A Liga das Florestas precisa de heróis. A fauna e a flora brasileiras estão em risco, e com elas o futuro do Brasil. Mas você pode ajudar a salvá-los. O Greenpeace lança, com outras organizações, um projeto de lei popular pelo desmatamento zero de nossas matas. Ao assinar a petição no site, e ao compartilhar e estimular seus amigos a fazerem o mesmo, você acumula pontos, ajuda a proteger um dos bens mais preciosos que o Brasil possui e ainda ganha prêmios. Participe!
1 – Salvar as florestas é mais do que uma obrigação dos brasileiros – é um direito. Você pode escrever a história e conservar o patrimônio ambiental do país ao apoiar a proposta de lei popular do desmatamento zero, que visa a evitar grandes desmatamentos e o aumento das áreas degradadas.
2 – Uma lei popular precisa de 1,4 milhão de assinaturas de eleitores para ser aceita pelo Congresso. É o primeiro obstáculo de um tortuoso caminho político, que parece feito para evitar que a voz do povo chegue aos círculos do poder em Brasília. Mas nós do Greenpeace vemos obstáculos como incentivos, e convidamos você a fazer o mesmo.
3 – Você é a favor do desmatamento da Amazônia e das outras florestas brasileiras? Nem a gente. O Brasil já tem área desmatada suficiente para dobrar sua produção de alimentos; basta que o campo receba investimentos em eficiência na produção e recuperação de áreas desmatadas. É para isso que servirá a lei do desmatamento zero.
4 – Ajude a salvar as florestas do Brasil com o reforço dos seus amigos, e ainda entrar em uma competição emocionante para ganhar uma camisetas e kit com suvenirs do Greenpeace – é uma forma divertida de exercer a cidadania.
Fonte: http://www.ligadasflorestas.org.br/
MINHA PARTICIPAÇÃO NO ATO CÍVICO CONTRA O TRECHO NORTE DO RODOANEL, NO PARQUE DA JUVENTUDE EM SÃO PAULO, DIA 16/06/2012
BLOGUEIRA X RODOANEL TRECHO NORTE
No dia do Manifesto de moradores da Zona Norte contra a obra de construção do trecho norte do rodoanel na Serra da Cantareira, no Parque da Juventude, a blogueira Conceição, moradora da região discursou contra a obra. O PERYNEWS gravou seu depoimento.
Fonte:publicado em 26/06/2012 por perynewswebtv.
26/06/2012 – Alerta – Manifesto contra o Trecho Norte do Rodoanel
PROAM gera demanda internacional pela Reserva da Biosfera de São Paulo
Em maio, o Presidente do PROAM, Carlos Bocuhy, visitou a Diretoria do Programa MAB (Man and Biosphere) na UNESCO de Paris, solicitando a intervenção do Diretor Natajan Shwaran para evitar a destruição do Cinturão Verde da Reserva da Biosfera de São Paulo.
Swaran determinou que sejam solicitadas informações ao BID com relação ao financiamento do Rodoanel Metropolitano Mário Covas – Trecho Norte, que trará danos ambientais irreversíveis se for construído sobre a Serra da Cantareira, área núcleo da Reserva da Biosfera paulista.
Com relação às áreas de transição da reserva, vários documentos foram protocolados, entre eles o apelo contra o Plano Diretor da Cidade do Embu, que fragiliza a proteção de importante corredor biológico, considerado prioritário em estudos científicos para a proteção da biodiversidade no Estado de São Paulo.
Em Londres, Bocuhy levou o apelo de proteção à RBCV à direção do Programa “Rain Forest Project”, da Casa Real Britânica. A conversa com Edward Davey, assessor do Programa RFP, resultou em propostas de intervenções que ocorrerão durante a Conferência Rio + 20.
Fonte: http://www.proam.org.br/acontecimento.asp?ID=93
Rodoanel Mário Covas – Trecho Norte
A PLANSERVI, em consórcio com a ENGEVIX, executou o projeto básico do trecho Norte do Rodoanel Mário Covas. Classifica como rodovia de classe “0”, velocidade diretriz de 120Km/h, com extensão total de 47.518 m (20.274m com 4 faixas de tráfego e 27.244m com 3 faixas de tráfego) e com canteiro central de 11,00, apresenta uma intersecção em desnível com as Rodovias Presidente Dutra (BR-116), com o futuro acesso ao aeroporto de Cumbica e com a Av. Raimundo Pereira de Magalhães (Estrada Velha de Campinas). Possui um total de 117 obras de arte especiais e sete túneis duplos, com extensão total de 13.088m, e 2 passarelas para pedestres.
Serviços:
•Estudos de Tráfego;
•Estudos de alternativas de traçado;
•Estudos operacionais e funcionais para o Ferroanel – Tramo Norte;
•Serviços aerofotogramétricos e topográficos;
•Estudos de implantação de praças de pedágios e balanças;
•Cadastro unificado das principais interferências das principais redes de serviços públicos: rede de energia elétrica aérea de alta tensão, redes de água e adutoras de água potável, redes de esgoto e coletores tronco de esgoto;
•Estudos geológicos e geotécnicos;
•Estudos Hidrológicos;
•Projeto geométrico e de interseções;
•Projeto de terraplenagem;
•Projeto de drenagem e instalações hidráulicas e sanitárias;
•Projeto de pavimentação;
•Projeto de OAE e OAC;
•Projetos de Edificações e das barreiras acústicas;
•Projeto de 7 túneis duplos, executados pelo método NATM;
•Projeto de remanejamento de interferências;
Projeto de arquitetura e urbanismo.
Cliente: DERSA – Desenvolvmento Rodoviário, S.A.
Estudos e Projetos:Rodovias e Pavimentos Rodoviários
Fonte: http://www.planservi.com.br/Portfolio/Lists/Portfolio/DispCustom.aspx?ID=146
Manifesto contra o Trecho Norte do Rodoanel no Parque da Juventude em São Paulo – Gestor do CADES critica Rodoanel Cantareira
Manifesto contra o Rodoanel Trecho Norte no Parque da Juventude
Manifesto em defesa da Floresta Cantareira
Fonte: Publicado em 19/06/2012 por perynewswebtv no YouTube.
Jornalismo Colaborativo: moradores protestam contra construção de trecho do rodoanel
A colaboradora Cristina Navarro enviou para o seu jornal um vídeo mostrando o protesto de moradores da zona norte de São Paulo, contra a construção do trecho norte do rodoanel.
Fonte:Publicado em 19/06/2012 por redetvt no YouTube.
Fonte: Publicado em 24/06/2012 por perynewswebtv.
ENCONTRO ATO CÍVICO – III
Destaque: esta foto saiu no Estadão impresso de domingo, 17/06/2012, caderno Metrópole.
ENCONTRO ATO CÍVICO – II
junho 17, 2012
Na tarde de 16/06, entre 14 e 17h, cerca de 120 pessoas passaram pelo ato cívico contra o Rodoanel trecho Norte, no calçadão ao lado da Biblioteca de São Paulo, Zona Norte da capital.
O encontro foi programado para confraternizar e aproximar os cidadãos que têm consciência dos tremendos impactos sócio-ambientais gerados por essa obra, que será colocada como um colar de concreto e asfalto por toda a extensão da Serra da Cantareira. São 44 km de uma megarodovia, sempre encostada na serra e no Parque Estadual da Cantareira, desde a região de Taipas, passando pelos distritos de Cachoeirinha, Mandaqui e Tremembé, na cidade de São Paulo, e atravessando toda a cidade de Guarulhos, até a cidade de Arujá.
Ato Cívico no calçadão entre a Biblioteca de São Paulo e a ETEC Parque da Juventude
Também foi a oportunidade de atualizar a situação da resistência à obra. Nesta semana um balde de água fria foi despejado na cabeça do movimento SOS Cantareira: foi anunciada a assinatura do contrato entre o BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento, e o governo estadual, para um empréstimo internacional de mais de R$ 2 bilhões, para a obra. A decepção ocorreu porque o BID enviou técnicos para fazer um levantamento dos problemas ambientais levantados pelo SOS Cantareira. Porém parece que fala mais alto o interesse do BID em fazer crescer o montante já emprestado ao Brasil, que com esse empréstimo atinge mais de R$ 8 bilhões. O presidente do BID, conforme declaração ao jornal O Estado de S. Paulo, exultou pelo fato de que muitas empresas internacionais terão interesse na obra.
Entre outras questões colocadas pelos ativistas, quatro são de fundamental importância: 1- o impacto ambiental junto a uma das maiores florestas em área urbana no mundo. O ar puríssimo e a fauna e flora remanescentes e imprescindíveis para qualidade de vida da região metropolitana serão irremediavelmente afetadas por essa obra. 2 – O impacto social, com a remoção de milhares de pessoas. Um exemplo foi a presença no ato de representante da Associação Cultural e Agrícola Cachoeira, que atende a mais de 200 famílias de origem nipônica, há 84 anos, na divisa de São Paulo com Guarulhos. 3 – Em tempos de Rio+20, o desperdício de R$ 6,5 bilhões, que poderiam ajudar a resolver o problema da mobilidade urbana, com investimentos em metrô e em corredores de ônibus. 4 – A ilegalidade da obra, ao desrespeitar preceitos do Plano Diretor da Cidade, inclusive o que pedia que a obra acontecesse a mais de 20 km do centro. Na Vila Rosa, Tremembé, a obra passará a 12,5 km do centro.
De todos os políticos chamados, só o vereador José Américo compareceu.
ENCONTRO ATO CÍVICO – I
junho 17, 2012
A obra do Rodoanel trecho Norte se insere no atual modelo de desenvolvimento globalizado, em que os interesses de capitais abundantes em todo o mundo falam muito mais forte do que as questões ambientais locais. Verdadeiro rolo compressor. Os escândalos recentes de liberação de obras irregulares de prédios são outra amostra do poder financeiro passando por cima de interesses ambientais, e mesmo sobre a legislação. Uma obra de R$ 6.500.000.000,00 movimenta interesses que irmanam na “gula” e na “cegueira” todas as instâncias que a financiam: governo estadual, governo federal, e organismo internacional (BID).
O rodoviarismo, com foco na abertura de estradas e no uso de automóveis e caminhões movidos a combustíveis fósseis, já deu o que tinha que dar. Em tempos de busca de sustentabilidade (o que significa dar ás futuras gerações um mundo pelo menos não pior do que o que temos hoje), instalar uma estrada sobre a Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo (decretada pela UNESCO), parece ser um enorme contra-senso. “O Rodoanel na Serra da Cantareira será uma catástrofe!”, disse poucos meses antes de falecer o geógrafo Aziz Ab´Saber. Foi distribuído aos presentes a lista de “17 razões para dizer NÃO ao Rodoanel Norte”.
Momento do Ato Cívico
Esse Encontro Ato Cívico foi programado para acontecer com baixissimo impacto. Não foi usado nenhum equipamento de som. Todos os que quisessem falar e expressar sua opinião podiam fazê-lo, usando apenas a força de sua voz. Muitas pessoas pediram e usaram da palavra. Isso transcorria em absoluta ordem e tranquilidade, até que seguranças do Parque da Juventude interviessem, dizendo que não era permitida a colocação do púlpito e do dois pequenos painéis com imagens da serra da Cantareira. Felizmente a presença convicta do vereador José Américo, ao ameaçar chamar a polícia para proteger a integridade de uma manifestação totalmente pacífica e ordeira, permitiu a conclusão do ato, que terminou com o tradicional grito que ecoa há mais de 10 anos na região: RODOANEL NA SERRA NÃO!
Clique AQUI para ver cobertura do site Ambiente em foco
ENCONTRO ATO CÍVICO DIA 16
junho 11, 2012
Fonte: http://rodoanelnorte.wordpress.com/
COBERTURA DO SITE EXPRESSOSP.
Segundo o movimento S.O.S Cantareira, obra desrespeita o plano diretor e gera prejuízos ambientais, culturais e sociais
Manifestantes fizeram um varal com imagens de animais que vivem na Serra da Cantareira (Foto: Felipe Rousselet / SPressoSP)
Em tempos de Rio + 20, um ato cívico bem menos badalado, mas de grande importância e que também aborda a questão ambiental, foi realizado neste sábado (16) no Parque da Juventude, zona norte de São Paulo. O ato cobrou do poder público municipal e estadual explicações sobre a construção do trecho norte do Rodoanel. Segundo o movimento S.OS Cantareira, a obra irá remover 2.500 famílias e desmatará 100 hectares da zona de amortecimento da Serra da Cantareira, decretada pela Unesco como Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da cidade de São Paulo.
“O rodoanel não afeta só a zona norte, afeta São Paulo e o planeta”, disse Eduardo Brito, organizador do ato e membro do S.O.S Cantareira. “Em época de Rio + 20, nós não podemos aceitar que se construa uma mega rodovia para passar no Parque Estadual da Cantareira, a 10, 12 km do centro da cidade. Já existem levantamentos de que este trecho do Rodoanel será uma nova marginal, paralela a Marginal Tietê, passando onde o ar era puríssimo. Então, nós não vamos estar despoluindo o Tietê, e sim poluindo a Serra. Há muitas pessoas afetadas por esta obra. Há o impacto ambiental, o social e o financeiro. São 6 bilhões e meio que poderiam ser investidos em mobilidade urbana”, explicou.
Segundo o movimento S.O.S Cantareira, os 6,5 bilhões investidos na obra poderiam ser melhor aplicados na construção de duas novas linhas de metrô, com 12km cada, ou então na instalação de 1.000 km de corredores de ônibus, sobrando ainda um bilhão para readequar o trajeto de todas as linhas de ônibus de São Paulo.
A economista e responsável pelo blog Serra da Cantareira 19-08-59, Conceição Aparecida Santos, afirmou que existem outras opções de trajetos menos impactantes para o trecho norte do Rodoanel. “O rodoanel é inviável para os moradores e para o ambiente. São 2.500 famílias que serão desapropriadas. Enquanto vários países do mundo juntam-se para defender o meio ambiente, São Paulo, com o trecho norte do rodoanel destrói tudo. Nós que moramos lá, eu moro lá desde que eu nasci, contestamos esta obra neste sentido. Existem outras opções que não desmatariam tanto a Serra da Cantareira, como levar o trecho norte do Rodoanel para o lado da Rodovia Dom Pedro, nas proximidades de Mairiporã. Mas não adianta ter outras opções, pois quem manda no Brasil, infelizmente, é o poder econômico”, frisou.
Conceição também criticou a falta de participação dos moradores afetados pela obra nas discussões sobre o seu trajeto. “Eu participei de várias audiências públicas na Câmara e no Ibirapuera e você verifica que existe numa mesa só pessoas do governo e do outro lado a sociedade civil. Eles não dão muita atenção. Eles sempre encontram uma forma de dizer que os moradores estão equivocados e eles estão certos. A sociedade está correndo atrás, mas o poder público está falando mais alto”.
O vereador José Américo (PT) afirmou que a construção do trecho norte do Rodoanel é uma “obra fora da lei”. “Em 2004 eu participei da elaboração do Plano Diretor, e lá nós fizemos um esforço muito grande com o objetivo de criar uma série de leis e de regras que preservassem as mínimas condições na cidade de São Paulo. Nós estabelecemos que qualquer obra que fosse feita teria que respeitar as diretrizes definidas em 2001 pela Secretária Estadual do Meio Ambiente, que entendíamos que eram muito boas. Mal ou bem, essas diretrizes foram seguidas na construção dos outros trechos, mas aqui não. Essas diretrizes estabeleciam, por exemplo, que qualquer rodovia teria que ser construída a, pelo menos, 20km do centro de São Paulo. Este trecho não está observando isso.”
O vereador José Américo (PT) considera o trecho norte do Rodoanel uma “obra fora da lei” (Foto: Felipe Rousselet / SPressoSP)
O vereador afirmou também que o trajeto está interferindo em zonas de proteção cultural, ambiental e histórico estabelecidas pelo Plano Diretor. “O Plano Diretor estabelecia zonas de proteção cultural, ambiental e histórico. Estas três coisas estão sendo violadas. Estão passando por cima das zonas de proteção ambiental que nós criamos. E uma zona especial só pode ser alterada por uma votação da Câmara. Nada justifica uma alteração em zonas especiais sem que a Câmara seja ouvida e ela modifique a lei. Nem para hospital, delegacia de polícia, nada. A não ser que a Câmara Municipal mude o Plano Diretor. Sem este processo não é uma decisão republicana, é golpista”, salientou Américo.
Por fim, o vereador afirmou que a construção do trecho norte do rodoanel visa beneficiar as construtoras. “Seis bilhões e meio é um número risível, eles vão reajustar três ou quatro vezes, vai chegar nos 12 bilhões. Em uma obra que está claro que terá um tráfego extremamente baixo. Isso obviamente é uma resposta que o governador Geraldo Alckmin está dando para as empreiteiras, que estão esperando pela obra maravilhosa que começa em 6 bilhões e meio e chega depois a 10, 11 bilhões, e todo mundo ganha. É mais ou menos como o túnel da Água Espraiada, que podia ter 400 metros e terá 2,5 km. A diferença que tem aí são alguns bilhões de reais.” Para o vereador, os organismos de financiamento, governo federal e BID (Banco Interamericano para o Desenvolvimento), devem retirar os recursos dessa obra “ilegal”.
Os manifestantes esperam agora que o Cades (Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável), órgão ligado à Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, não avalize a construção do trecho norte do Rodoanel, a não ser que ele se adeque a legislação ambiental da cidade de São Paulo.
Fonte: http://www.spressosp.com.br/2012/06/ato-civico-questiona-legalidade-da-construcao-do-trecho-norte-do-rodoanel/
Publicado em 16 de junho de 2012, por Felipe Rousselet
Moradores questionam legalidade do trecho Norte do Rodoanel
Segundo o movimento S.O.S Cantareira, obra desrespeita o plano diretor e gera prejuízos ambientais, culturais e sociais
Manifestantes fizeram um varal com imagens de animais que vivem na Serra da Cantareira (Foto: Felipe Rousselet / SPressoSP)
Em tempos de Rio + 20, um ato cívico bem menos badalado, mas de grande importância e que também aborda a questão ambiental, foi realizado neste sábado (16) no Parque da Juventude, zona norte de São Paulo. O ato cobrou do poder público municipal e estadual explicações sobre a construção do trecho norte do Rodoanel. Segundo o movimento S.OS Cantareira, a obra irá remover 2.500 famílias e desmatará 100 hectares da zona de amortecimento da Serra da Cantareira, decretada pela Unesco como Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da cidade de São Paulo.
“O rodoanel não afeta só a zona norte, afeta São Paulo e o planeta”, disse Eduardo Brito, organizador do ato e membro do S.O.S Cantareira. “Em época de Rio + 20, nós não podemos aceitar que se construa uma mega rodovia para passar no Parque Estadual da Cantareira, a 10, 12 km do centro da cidade. Já existem levantamentos de que este trecho do Rodoanel será uma nova marginal, paralela a Marginal Tietê, passando onde o ar era puríssimo. Então, nós não vamos estar despoluindo o Tietê, e sim poluindo a Serra. Há muitas pessoas afetadas por esta obra. Há o impacto ambiental, o social e o financeiro. São 6 bilhões e meio que poderiam ser investidos em mobilidade urbana”, explicou.
Segundo o movimento S.O.S Cantareira, os 6,5 bilhões investidos na obra poderiam ser melhor aplicados na construção de duas novas linhas de metrô, com 12km cada, ou então na instalação de 1.000 km de corredores de ônibus, sobrando ainda um bilhão para readequar o trajeto de todas as linhas de ônibus de São Paulo.
A economista e responsável pelo blog Serra da Cantareira 19-08-59, Conceição Aparecida Santos, afirmou que existem outras opções de trajetos menos impactantes para o trecho norte do Rodoanel. “O rodoanel é inviável para os moradores e para o ambiente. São 2.500 famílias que serão desapropriadas. Enquanto vários países do mundo juntam-se para defender o meio ambiente, São Paulo, com o trecho norte do rodoanel destrói tudo. Nós que moramos lá, eu moro lá desde que eu nasci, contestamos esta obra neste sentido. Existem outras opções que não desmatariam tanto a Serra da Cantareira, como levar o trecho norte do Rodoanel para o lado da Rodovia Dom Pedro, nas proximidades de Mairiporã. Mas não adianta ter outras opções, pois quem manda no Brasil, infelizmente, é o poder econômico”, frisou.
Conceição também criticou a falta de participação dos moradores afetados pela obra nas discussões sobre o seu trajeto. “Eu participei de várias audiências públicas na Câmara e no Ibirapuera e você verifica que existe numa mesa só pessoas do governo e do outro lado a sociedade civil. Eles não dão muita atenção. Eles sempre encontram uma forma de dizer que os moradores estão equivocados e eles estão certos. A sociedade está correndo atrás, mas o poder público está falando mais alto”.
O vereador José Américo (PT) afirmou que a construção do trecho norte do Rodoanel é uma “obra fora da lei”. “Em 2004 eu participei da elaboração do Plano Diretor, e lá nós fizemos um esforço muito grande com o objetivo de criar uma série de leis e de regras que preservassem as mínimas condições na cidade de São Paulo. Nós estabelecemos que qualquer obra que fosse feita teria que respeitar as diretrizes definidas em 2001 pela Secretária Estadual do Meio Ambiente, que entendíamos que eram muito boas. Mal ou bem, essas diretrizes foram seguidas na construção dos outros trechos, mas aqui não. Essas diretrizes estabeleciam, por exemplo, que qualquer rodovia teria que ser construída a, pelo menos, 20km do centro de São Paulo. Este trecho não está observando isso.”
O vereador José Américo (PT) considera o trecho norte do Rodoanel uma “obra fora da lei” (Foto: Felipe Rousselet / SPressoSP)
O vereador afirmou também que o trajeto está interferindo em zonas de proteção cultural, ambiental e histórico estabelecidas pelo Plano Diretor. “O Plano Diretor estabelecia zonas de proteção cultural, ambiental e histórico. Estas três coisas estão sendo violadas. Estão passando por cima das zonas de proteção ambiental que nós criamos. E uma zona especial só pode ser alterada por uma votação da Câmara. Nada justifica uma alteração em zonas especiais sem que a Câmara seja ouvida e ela modifique a lei. Nem para hospital, delegacia de polícia, nada. A não ser que a Câmara Municipal mude o Plano Diretor. Sem este processo não é uma decisão republicana, é golpista”, salientou Américo.
Por fim, o vereador afirmou que a construção do trecho norte do rodoanel visa beneficiar as construtoras. “Seis bilhões e meio é um número risível, eles vão reajustar três ou quatro vezes, vai chegar nos 12 bilhões. Em uma obra que está claro que terá um tráfego extremamente baixo. Isso obviamente é uma resposta que o governador Geraldo Alckmin está dando para as empreiteiras, que estão esperando pela obra maravilhosa que começa em 6 bilhões e meio e chega depois a 10, 11 bilhões, e todo mundo ganha. É mais ou menos como o túnel da Água Espraiada, que podia ter 400 metros e terá 2,5 km. A diferença que tem aí são alguns bilhões de reais.” Para o vereador, os organismos de financiamento, governo federal e BID (Banco Interamericano para o Desenvolvimento), devem retirar os recursos dessa obra “ilegal”.
Os manifestantes esperam agora que o Cades (Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável), órgão ligado à Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, não avalize a construção do trecho norte do Rodoanel, a não ser que ele se adeque a legislação ambiental da cidade de São Paulo.
Fonte: http://www.spressosp.com.br/2012/06/ato-civico-questiona-legalidade-da-construcao-do-trecho-norte-do-rodoanel/
Publicado em 16 de junho de 2012, por Felipe Rousselet.