17/09/19 – CORPO DE BOMBEIROS PMESP

17/07/19 – TRANSPARÊNCIA INTERNACIONAL BR

17/07/19 – POLÍCIA MILITAR SÃO PAULO OFICIAL

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“POR QUE PREFERI DORMIR NO FRIO DA NOITE A FICAR NO CONFORTO DE CASA?” "Poderia ter sido mais uma noite fria, daquelas contra ladrões e brigas de casal, na Vila Formosa. Mas alguma coisa diferente aconteceu – um garoto nos marcou. Perto da meia-noite, fomos procurados por um motorista de ônibus, que falou sobre um menino de aproximadamente dez anos que estava dormindo no último banco do veículo. Fui até lá com outros militares e aquela cena parecia uma marretada na alma. Tão pequeno e indefeso, eu o balancei levemente pelo ombro. Ele acordou assustado, sem nem imaginar onde estava. Começou a recobrar a consciência, e fizemos perguntas para entender seu paradeiro, mas foi difícil ganhar a confiança — ele sabia o que queria esconder, justamente para não precisar voltar para casa. O Cabo Aguiar, experiente pelos filhos que tem, fez com que o menino revelasse que não queria voltar, porque seu padrasto, usuário de drogas, agredia e até dizia que se avisasse a Polícia, iria matá-lo. E tudo o que sua mãe costumava falar era para fugir, quando os ânimos se esquentassem. O Soldado Carvalho acionou o Conselho Tutelar. Foi marcante a presença daquele menino; era educado, falava baixo e sabia a hora oportuna de dizer as coisas. Sentou-se conosco para jantar e até nos fez rir com as coisas que dizia. As horas se passaram e, então, sob o agasalho do Policial Militar, ele dormiu em uma cama improvisada. A pergunta que ficava era como um menino de somente dez anos poderia ensinar alguma coisa para nós?! E nos ensinou com maestria, que a vida poderia ser muito complicada desde cedo, obrigando-o a tomar um ônibus numa noite de inverno, em direção oposta à própria casa, tudo porque lá não parece, nem de longe, ser um lar. O Conselheiro Tutelar chegou e o encaminhou ao abrigo, ao Juiz da Vara da infância. O garoto acordou, arrumou suas coisas e se foi. Mas aqueceu nossos corações com paz e nossas cabeças de lições. Agradecimentos ao Cabo Aguiar, Cabo Maycon, Soldado Tiago, Soldado Carvalho, Soldado Caíque e Conselheiro Tutelar Jurandir.” — Sargento Galindo, do 8° BPMM.

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