Arquivo da categoria: DEFESA DA SERRA DA CANTAREIRA

PROAM gera demanda internacional pela Reserva da Biosfera de São Paulo


Em maio, o Presidente do PROAM, Carlos Bocuhy, visitou a Diretoria do Programa MAB (Man and Biosphere) na UNESCO de Paris, solicitando a intervenção do Diretor Natajan Shwaran para evitar a destruição do Cinturão Verde da Reserva da Biosfera de São Paulo.

Swaran determinou que sejam solicitadas informações ao BID com relação ao financiamento do Rodoanel Metropolitano Mário Covas – Trecho Norte, que trará danos ambientais irreversíveis se for construído sobre a Serra da Cantareira, área núcleo da Reserva da Biosfera paulista.

Com relação às áreas de transição da reserva, vários documentos foram protocolados, entre eles o apelo contra o Plano Diretor da Cidade do Embu, que fragiliza a proteção de importante corredor biológico, considerado prioritário em estudos científicos para a proteção da biodiversidade no Estado de São Paulo.

Em Londres, Bocuhy levou o apelo de proteção à RBCV à direção do Programa “Rain Forest Project”, da Casa Real Britânica. A conversa com Edward Davey, assessor do Programa RFP, resultou em propostas de intervenções que ocorrerão durante a Conferência Rio + 20.

Fonte: http://www.proam.org.br/acontecimento.asp?ID=93

Rodoanel Mário Covas – Trecho Norte

A PLANSERVI, em consórcio com a ENGEVIX, executou o projeto básico do trecho Norte do Rodoanel Mário Covas. Classifica como rodovia de classe “0”, velocidade diretriz de 120Km/h, com extensão total de 47.518 m (20.274m com 4 faixas de tráfego e 27.244m com 3 faixas de tráfego) e com canteiro central de 11,00, apresenta uma intersecção em desnível com as Rodovias Presidente Dutra (BR-116), com o futuro acesso ao aeroporto de Cumbica e com a Av. Raimundo Pereira de Magalhães (Estrada Velha de Campinas). Possui um total de 117 obras de arte especiais e sete túneis duplos, com extensão total de 13.088m, e 2 passarelas para pedestres.

Serviços:
•Estudos de Tráfego;
•Estudos de alternativas de traçado;
•Estudos operacionais e funcionais para o Ferroanel – Tramo Norte;
•Serviços aerofotogramétricos e topográficos;
•Estudos de implantação de praças de pedágios e balanças;
•Cadastro unificado das principais interferências das principais redes de serviços públicos: rede de energia elétrica aérea de alta tensão, redes de água e adutoras de água potável, redes de esgoto e coletores tronco de esgoto;
•Estudos geológicos e geotécnicos;
•Estudos Hidrológicos;
•Projeto geométrico e de interseções;
•Projeto de terraplenagem;
•Projeto de drenagem e instalações hidráulicas e sanitárias;
•Projeto de pavimentação;
•Projeto de OAE e OAC;
•Projetos de Edificações e das barreiras acústicas;
•Projeto de 7 túneis duplos, executados pelo método NATM;
•Projeto de remanejamento de interferências;
Projeto de arquitetura e urbanismo.

Cliente: DERSA – Desenvolvmento Rodoviário, S.A.
Estudos e Projetos:Rodovias e Pavimentos Rodoviários

Fonte: http://www.planservi.com.br/Portfolio/Lists/Portfolio/DispCustom.aspx?ID=146

Manifesto contra o Trecho Norte do Rodoanel no Parque da Juventude em São Paulo – Gestor do CADES critica Rodoanel Cantareira

Manifesto contra o Rodoanel Trecho Norte no Parque da Juventude

Manifesto em defesa da Floresta Cantareira

Fonte: Publicado em 19/06/2012 por perynewswebtv no YouTube.

Jornalismo Colaborativo: moradores protestam contra construção de trecho do rodoanel

A colaboradora Cristina Navarro enviou para o seu jornal um vídeo mostrando o protesto de moradores da zona norte de São Paulo, contra a construção do trecho norte do rodoanel.

Fonte:Publicado em 19/06/2012 por redetvt no YouTube.

Fonte: Publicado em 24/06/2012 por perynewswebtv.

ENCONTRO ATO CÍVICO – III

Destaque: esta foto saiu no Estadão impresso de domingo, 17/06/2012, caderno Metrópole.

ENCONTRO ATO CÍVICO – II
junho 17, 2012

Na tarde de 16/06, entre 14 e 17h, cerca de 120 pessoas passaram pelo ato cívico contra o Rodoanel trecho Norte, no calçadão ao lado da Biblioteca de São Paulo, Zona Norte da capital.

O encontro foi programado para confraternizar e aproximar os cidadãos que têm consciência dos tremendos impactos sócio-ambientais gerados por essa obra, que será colocada como um colar de concreto e asfalto por toda a extensão da Serra da Cantareira. São 44 km de uma megarodovia, sempre encostada na serra e no Parque Estadual da Cantareira, desde a região de Taipas, passando pelos distritos de Cachoeirinha, Mandaqui e Tremembé, na cidade de São Paulo, e atravessando toda a cidade de Guarulhos, até a cidade de Arujá.

Ato Cívico no calçadão entre a Biblioteca de São Paulo e a ETEC Parque da Juventude

Também foi a oportunidade de atualizar a situação da resistência à obra. Nesta semana um balde de água fria foi despejado na cabeça do movimento SOS Cantareira: foi anunciada a assinatura do contrato entre o BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento, e o governo estadual, para um empréstimo internacional de mais de R$ 2 bilhões, para a obra. A decepção ocorreu porque o BID enviou técnicos para fazer um levantamento dos problemas ambientais levantados pelo SOS Cantareira. Porém parece que fala mais alto o interesse do BID em fazer crescer o montante já emprestado ao Brasil, que com esse empréstimo atinge mais de R$ 8 bilhões. O presidente do BID, conforme declaração ao jornal O Estado de S. Paulo, exultou pelo fato de que muitas empresas internacionais terão interesse na obra.

Entre outras questões colocadas pelos ativistas, quatro são de fundamental importância: 1- o impacto ambiental junto a uma das maiores florestas em área urbana no mundo. O ar puríssimo e a fauna e flora remanescentes e imprescindíveis para qualidade de vida da região metropolitana serão irremediavelmente afetadas por essa obra. 2 – O impacto social, com a remoção de milhares de pessoas. Um exemplo foi a presença no ato de representante da Associação Cultural e Agrícola Cachoeira, que atende a mais de 200 famílias de origem nipônica, há 84 anos, na divisa de São Paulo com Guarulhos. 3 – Em tempos de Rio+20, o desperdício de R$ 6,5 bilhões, que poderiam ajudar a resolver o problema da mobilidade urbana, com investimentos em metrô e em corredores de ônibus. 4 – A ilegalidade da obra, ao desrespeitar preceitos do Plano Diretor da Cidade, inclusive o que pedia que a obra acontecesse a mais de 20 km do centro. Na Vila Rosa, Tremembé, a obra passará a 12,5 km do centro.

De todos os políticos chamados, só o vereador José Américo compareceu.

ENCONTRO ATO CÍVICO – I
junho 17, 2012

A obra do Rodoanel trecho Norte se insere no atual modelo de desenvolvimento globalizado, em que os interesses de capitais abundantes em todo o mundo falam muito mais forte do que as questões ambientais locais. Verdadeiro rolo compressor. Os escândalos recentes de liberação de obras irregulares de prédios são outra amostra do poder financeiro passando por cima de interesses ambientais, e mesmo sobre a legislação. Uma obra de R$ 6.500.000.000,00 movimenta interesses que irmanam na “gula” e na “cegueira” todas as instâncias que a financiam: governo estadual, governo federal, e organismo internacional (BID).

O rodoviarismo, com foco na abertura de estradas e no uso de automóveis e caminhões movidos a combustíveis fósseis, já deu o que tinha que dar. Em tempos de busca de sustentabilidade (o que significa dar ás futuras gerações um mundo pelo menos não pior do que o que temos hoje), instalar uma estrada sobre a Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo (decretada pela UNESCO), parece ser um enorme contra-senso. “O Rodoanel na Serra da Cantareira será uma catástrofe!”, disse poucos meses antes de falecer o geógrafo Aziz Ab´Saber. Foi distribuído aos presentes a lista de “17 razões para dizer NÃO ao Rodoanel Norte”.

Momento do Ato Cívico

Esse Encontro Ato Cívico foi programado para acontecer com baixissimo impacto. Não foi usado nenhum equipamento de som. Todos os que quisessem falar e expressar sua opinião podiam fazê-lo, usando apenas a força de sua voz. Muitas pessoas pediram e usaram da palavra. Isso transcorria em absoluta ordem e tranquilidade, até que seguranças do Parque da Juventude interviessem, dizendo que não era permitida a colocação do púlpito e do dois pequenos painéis com imagens da serra da Cantareira. Felizmente a presença convicta do vereador José Américo, ao ameaçar chamar a polícia para proteger a integridade de uma manifestação totalmente pacífica e ordeira, permitiu a conclusão do ato, que terminou com o tradicional grito que ecoa há mais de 10 anos na região: RODOANEL NA SERRA NÃO!

Clique AQUI para ver cobertura do site Ambiente em foco

ENCONTRO ATO CÍVICO DIA 16
junho 11, 2012

Fonte: http://rodoanelnorte.wordpress.com/

COBERTURA DO SITE EXPRESSOSP.

Segundo o movimento S.O.S Cantareira, obra desrespeita o plano diretor e gera prejuízos ambientais, culturais e sociais


Manifestantes fizeram um varal com imagens de animais que vivem na Serra da Cantareira (Foto: Felipe Rousselet / SPressoSP)

Em tempos de Rio + 20, um ato cívico bem menos badalado, mas de grande importância e que também aborda a questão ambiental, foi realizado neste sábado (16) no Parque da Juventude, zona norte de São Paulo. O ato cobrou do poder público municipal e estadual explicações sobre a construção do trecho norte do Rodoanel. Segundo o movimento S.OS Cantareira, a obra irá remover 2.500 famílias e desmatará 100 hectares da zona de amortecimento da Serra da Cantareira, decretada pela Unesco como Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da cidade de São Paulo.

“O rodoanel não afeta só a zona norte, afeta São Paulo e o planeta”, disse Eduardo Brito, organizador do ato e membro do S.O.S Cantareira. “Em época de Rio + 20, nós não podemos aceitar que se construa uma mega rodovia para passar no Parque Estadual da Cantareira, a 10, 12 km do centro da cidade. Já existem levantamentos de que este trecho do Rodoanel será uma nova marginal, paralela a Marginal Tietê, passando onde o ar era puríssimo. Então, nós não vamos estar despoluindo o Tietê, e sim poluindo a Serra. Há muitas pessoas afetadas por esta obra. Há o impacto ambiental, o social e o financeiro. São 6 bilhões e meio que poderiam ser investidos em mobilidade urbana”, explicou.

Segundo o movimento S.O.S Cantareira, os 6,5 bilhões investidos na obra poderiam ser melhor aplicados na construção de duas novas linhas de metrô, com 12km cada, ou então na instalação de 1.000 km de corredores de ônibus, sobrando ainda um bilhão para readequar o trajeto de todas as linhas de ônibus de São Paulo.

A economista e responsável pelo blog Serra da Cantareira 19-08-59, Conceição Aparecida Santos, afirmou que existem outras opções de trajetos menos impactantes para o trecho norte do Rodoanel. “O rodoanel é inviável para os moradores e para o ambiente. São 2.500 famílias que serão desapropriadas. Enquanto vários países do mundo juntam-se para defender o meio ambiente, São Paulo, com o trecho norte do rodoanel destrói tudo. Nós que moramos lá, eu moro lá desde que eu nasci, contestamos esta obra neste sentido. Existem outras opções que não desmatariam tanto a Serra da Cantareira, como levar o trecho norte do Rodoanel para o lado da Rodovia Dom Pedro, nas proximidades de Mairiporã. Mas não adianta ter outras opções, pois quem manda no Brasil, infelizmente, é o poder econômico”, frisou.

Conceição também criticou a falta de participação dos moradores afetados pela obra nas discussões sobre o seu trajeto. “Eu participei de várias audiências públicas na Câmara e no Ibirapuera e você verifica que existe numa mesa só pessoas do governo e do outro lado a sociedade civil. Eles não dão muita atenção. Eles sempre encontram uma forma de dizer que os moradores estão equivocados e eles estão certos. A sociedade está correndo atrás, mas o poder público está falando mais alto”.

O vereador José Américo (PT) afirmou que a construção do trecho norte do Rodoanel é uma “obra fora da lei”. “Em 2004 eu participei da elaboração do Plano Diretor, e lá nós fizemos um esforço muito grande com o objetivo de criar uma série de leis e de regras que preservassem as mínimas condições na cidade de São Paulo. Nós estabelecemos que qualquer obra que fosse feita teria que respeitar as diretrizes definidas em 2001 pela Secretária Estadual do Meio Ambiente, que entendíamos que eram muito boas. Mal ou bem, essas diretrizes foram seguidas na construção dos outros trechos, mas aqui não. Essas diretrizes estabeleciam, por exemplo, que qualquer rodovia teria que ser construída a, pelo menos, 20km do centro de São Paulo. Este trecho não está observando isso.”


O vereador José Américo (PT) considera o trecho norte do Rodoanel uma “obra fora da lei” (Foto: Felipe Rousselet / SPressoSP)

O vereador afirmou também que o trajeto está interferindo em zonas de proteção cultural, ambiental e histórico estabelecidas pelo Plano Diretor. “O Plano Diretor estabelecia zonas de proteção cultural, ambiental e histórico. Estas três coisas estão sendo violadas. Estão passando por cima das zonas de proteção ambiental que nós criamos. E uma zona especial só pode ser alterada por uma votação da Câmara. Nada justifica uma alteração em zonas especiais sem que a Câmara seja ouvida e ela modifique a lei. Nem para hospital, delegacia de polícia, nada. A não ser que a Câmara Municipal mude o Plano Diretor. Sem este processo não é uma decisão republicana, é golpista”, salientou Américo.

Por fim, o vereador afirmou que a construção do trecho norte do rodoanel visa beneficiar as construtoras. “Seis bilhões e meio é um número risível, eles vão reajustar três ou quatro vezes, vai chegar nos 12 bilhões. Em uma obra que está claro que terá um tráfego extremamente baixo. Isso obviamente é uma resposta que o governador Geraldo Alckmin está dando para as empreiteiras, que estão esperando pela obra maravilhosa que começa em 6 bilhões e meio e chega depois a 10, 11 bilhões, e todo mundo ganha. É mais ou menos como o túnel da Água Espraiada, que podia ter 400 metros e terá 2,5 km. A diferença que tem aí são alguns bilhões de reais.” Para o vereador, os organismos de financiamento, governo federal e BID (Banco Interamericano para o Desenvolvimento), devem retirar os recursos dessa obra “ilegal”.

Os manifestantes esperam agora que o Cades (Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável), órgão ligado à Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, não avalize a construção do trecho norte do Rodoanel, a não ser que ele se adeque a legislação ambiental da cidade de São Paulo.

Fonte: http://www.spressosp.com.br/2012/06/ato-civico-questiona-legalidade-da-construcao-do-trecho-norte-do-rodoanel/
Publicado em 16 de junho de 2012, por Felipe Rousselet

Moradores questionam legalidade do trecho Norte do Rodoanel

Segundo o movimento S.O.S Cantareira, obra desrespeita o plano diretor e gera prejuízos ambientais, culturais e sociais


Manifestantes fizeram um varal com imagens de animais que vivem na Serra da Cantareira (Foto: Felipe Rousselet / SPressoSP)

Em tempos de Rio + 20, um ato cívico bem menos badalado, mas de grande importância e que também aborda a questão ambiental, foi realizado neste sábado (16) no Parque da Juventude, zona norte de São Paulo. O ato cobrou do poder público municipal e estadual explicações sobre a construção do trecho norte do Rodoanel. Segundo o movimento S.OS Cantareira, a obra irá remover 2.500 famílias e desmatará 100 hectares da zona de amortecimento da Serra da Cantareira, decretada pela Unesco como Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da cidade de São Paulo.

“O rodoanel não afeta só a zona norte, afeta São Paulo e o planeta”, disse Eduardo Brito, organizador do ato e membro do S.O.S Cantareira. “Em época de Rio + 20, nós não podemos aceitar que se construa uma mega rodovia para passar no Parque Estadual da Cantareira, a 10, 12 km do centro da cidade. Já existem levantamentos de que este trecho do Rodoanel será uma nova marginal, paralela a Marginal Tietê, passando onde o ar era puríssimo. Então, nós não vamos estar despoluindo o Tietê, e sim poluindo a Serra. Há muitas pessoas afetadas por esta obra. Há o impacto ambiental, o social e o financeiro. São 6 bilhões e meio que poderiam ser investidos em mobilidade urbana”, explicou.

Segundo o movimento S.O.S Cantareira, os 6,5 bilhões investidos na obra poderiam ser melhor aplicados na construção de duas novas linhas de metrô, com 12km cada, ou então na instalação de 1.000 km de corredores de ônibus, sobrando ainda um bilhão para readequar o trajeto de todas as linhas de ônibus de São Paulo.

A economista e responsável pelo blog Serra da Cantareira 19-08-59, Conceição Aparecida Santos, afirmou que existem outras opções de trajetos menos impactantes para o trecho norte do Rodoanel. “O rodoanel é inviável para os moradores e para o ambiente. São 2.500 famílias que serão desapropriadas. Enquanto vários países do mundo juntam-se para defender o meio ambiente, São Paulo, com o trecho norte do rodoanel destrói tudo. Nós que moramos lá, eu moro lá desde que eu nasci, contestamos esta obra neste sentido. Existem outras opções que não desmatariam tanto a Serra da Cantareira, como levar o trecho norte do Rodoanel para o lado da Rodovia Dom Pedro, nas proximidades de Mairiporã. Mas não adianta ter outras opções, pois quem manda no Brasil, infelizmente, é o poder econômico”, frisou.

Conceição também criticou a falta de participação dos moradores afetados pela obra nas discussões sobre o seu trajeto. “Eu participei de várias audiências públicas na Câmara e no Ibirapuera e você verifica que existe numa mesa só pessoas do governo e do outro lado a sociedade civil. Eles não dão muita atenção. Eles sempre encontram uma forma de dizer que os moradores estão equivocados e eles estão certos. A sociedade está correndo atrás, mas o poder público está falando mais alto”.

O vereador José Américo (PT) afirmou que a construção do trecho norte do Rodoanel é uma “obra fora da lei”. “Em 2004 eu participei da elaboração do Plano Diretor, e lá nós fizemos um esforço muito grande com o objetivo de criar uma série de leis e de regras que preservassem as mínimas condições na cidade de São Paulo. Nós estabelecemos que qualquer obra que fosse feita teria que respeitar as diretrizes definidas em 2001 pela Secretária Estadual do Meio Ambiente, que entendíamos que eram muito boas. Mal ou bem, essas diretrizes foram seguidas na construção dos outros trechos, mas aqui não. Essas diretrizes estabeleciam, por exemplo, que qualquer rodovia teria que ser construída a, pelo menos, 20km do centro de São Paulo. Este trecho não está observando isso.”


O vereador José Américo (PT) considera o trecho norte do Rodoanel uma “obra fora da lei” (Foto: Felipe Rousselet / SPressoSP)

O vereador afirmou também que o trajeto está interferindo em zonas de proteção cultural, ambiental e histórico estabelecidas pelo Plano Diretor. “O Plano Diretor estabelecia zonas de proteção cultural, ambiental e histórico. Estas três coisas estão sendo violadas. Estão passando por cima das zonas de proteção ambiental que nós criamos. E uma zona especial só pode ser alterada por uma votação da Câmara. Nada justifica uma alteração em zonas especiais sem que a Câmara seja ouvida e ela modifique a lei. Nem para hospital, delegacia de polícia, nada. A não ser que a Câmara Municipal mude o Plano Diretor. Sem este processo não é uma decisão republicana, é golpista”, salientou Américo.

Por fim, o vereador afirmou que a construção do trecho norte do rodoanel visa beneficiar as construtoras. “Seis bilhões e meio é um número risível, eles vão reajustar três ou quatro vezes, vai chegar nos 12 bilhões. Em uma obra que está claro que terá um tráfego extremamente baixo. Isso obviamente é uma resposta que o governador Geraldo Alckmin está dando para as empreiteiras, que estão esperando pela obra maravilhosa que começa em 6 bilhões e meio e chega depois a 10, 11 bilhões, e todo mundo ganha. É mais ou menos como o túnel da Água Espraiada, que podia ter 400 metros e terá 2,5 km. A diferença que tem aí são alguns bilhões de reais.” Para o vereador, os organismos de financiamento, governo federal e BID (Banco Interamericano para o Desenvolvimento), devem retirar os recursos dessa obra “ilegal”.

Os manifestantes esperam agora que o Cades (Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável), órgão ligado à Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, não avalize a construção do trecho norte do Rodoanel, a não ser que ele se adeque a legislação ambiental da cidade de São Paulo.

Fonte: http://www.spressosp.com.br/2012/06/ato-civico-questiona-legalidade-da-construcao-do-trecho-norte-do-rodoanel/
Publicado em 16 de junho de 2012, por Felipe Rousselet.

Retirado efeito suspensivo de recurso que paralisou licitação do Rodoanel

DECISÃO

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) retirou o efeito suspensivo de recurso que impedia o prosseguimento da licitação do trecho norte do Rodoanel Mário Covas, que irá completar o Anel Rodoviário Metropolitano de São Paulo. A Corte Especial negou agravo regimental interposto pelas empresas Cetenco Engenharia S/A e Contern Construções e Comércio Ltda. contra decisão do presidente do STJ, ministro Ari Pargendler.

A decisão do presidente, ratificada nesta quinta-feira (14) pela Corte Especial, suspende decisão do desembargador Grava Brazil, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), que atribuiu efeito suspensivo a um agravo regimental contra decisão da presidência do próprio tribunal paulista.

Orçada em R$ 6,5 bilhões, com recursos estadual, federal e externos, o Rodoanel é construção fundamental para desafogar o trânsito em São Paulo. Em setembro de 2011, a União se comprometeu a repassar ao estado R$ 1,72 bilhão até 2014 e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) vai desembolsar US$ 1,15 bilhão por meio de financiamento ao estado de São Paulo, aprovado pelo banco em novembro passado.

Disputa judicial

A batalha de liminares começou quando as duas empresas impetraram mandado de segurança contra ato do presidente da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A) que as excluiu da licitação. Elas não teriam cumprido os requisitos financeiros e técnico-operacionais exigidos em edital de pré-qualificação. São exigências que demonstram a saúde financeira e capacidade técnica das concorrentes, para assegurar que a obra será entregue no prazo acertado.

As empresas conseguiram liminares para permanecer no certame, mas elas foram suspensas pelo presidente do TJSP. Ele aceitou os argumentos, da Dersa e do Estado de São Paulo, de que a participação das empresas em desconformidade com o edital poderia comprometer a liberação do financiamento do BID ou gerar onerosos encargos financeiros pelo atraso no cronograma.

Essa decisão foi contestada em agravo regimental interposto pelas empresas, que também impetraram mandado de segurança para atribuir efeito suspensivo ao agravo. O desembargador Grava Brasil condeceu a liminar para suspender os efeitos da decisão do presidente do TJSP até o julgamento do agravo.

Ao deferir o pedido de suspensão de segurança contra essa última decisão, o ministro Ari Pargendler observou que o ato tinha como resultado prático a paralisação da própria licitação. “Não há como, na fase de pré-qualificação, levar o procedimento adiante com regras diferentes para os licitantes”, afirmou o ministro, considerando a existência da regra do edital e daquela que foi estabelecida para as impetrantes do mandado de segurança.

Para o ministro, o atraso daí decorrente sujeita o estado de São Paulo e a Dersa a pesados encargos financeiros e não se justifica, pois o agravo regimental tem condições de ser julgado antes do exame da documentação das outras 23 empresas que participam da licitação.

Fonte: http://www.stj.jus.br/portal_stj/publicacao/engine.wsp?tmp.area=398&tmp.texto=106067

Coordenadoria de Editoria e Imprensa – 14/06/2012 – 18h46

Rio+20 terá a participação de 1,2 mil jovens voluntários

A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) terá participação de 1,2 mil jovens brasileiros, entre universitários, moradores de comunidades vulneráveis e pessoas com deficiência.

De acordo com o secretário nacional de organização da conferência, ministro Laudemar Aguiar, os voluntários participaram de um treinamento, incluindo oficinas de sustentabilidade, direitos humanos, cidadania e voluntariado. Ao todo, 15 mil jovens participaram da seleção, sendo aproximadamente 10 mil universitários.

O diplomata explicou que a ideia do governo é criar um cadastro para que os voluntários possam participar de eventos futuros.

“Desde 1992, nas conferências que são realizadas no Brasil, temos tido a participação de voluntários. Mas quando terminavam os eventos, poucos deles eram aproveitados. A nossa ideia é que desta vez, com esse treinamento, os que trabalharem bem na Rio+20 possam ser reutilizados. Vamos fazer um cadastro positivo para que participem, com a experiência que têm, de próximos eventos, como a Copa do Mundo [em 2014] e as Olimpíadas [em 2016]”.

Ele informou que, durante a Rio+20, os voluntários vão trabalhar em diversas atividades de apoio, tanto no Riocentro, onde ocorrerá a cúpula dos chefes de Estado e de governo, como em outros locais que receberão eventos da conferência. Entre os critérios observados na escolha dos jovens estavam a experiência em ações de voluntariado e o domínio de idiomas.

Participação

O embaixador lamentou, no entanto, a baixa participação de pessoas com deficiência entre os voluntários. Segundo ele, apenas 71 jovens nessa condição se inscreveram na seleção, o que representa menos de 1% do total; e entre os 1.191 selecionados, 50 têm algum tipo de deficiência, correspondendo a 4% do total.

“O número é muito baixo já que no Brasil 23,9% da população têm alguma deficiência. Muitas dessas pessoas nem se inscrevem em processos seletivos em razão dos mais variados obstáculos de acessibilidade que costumam enfrentam. Por isso, temos um desafio de inclusão social e acessibilidade não só na Rio+20, mas em todo o Brasil”.

Também presente à solenidade, o representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) no Brasil, Jorge Chedieck, enfatizou que a mobilização da sociedade civil por meio do voluntariado é fundamental para a implementação do desenvolvimento sustentável.

“A forma de se envolver traduzida pelo voluntariado é peça central para o fortalecimento de uma cultura de desenvolvimento sustentável, de como construir um mundo melhor. E esse programa deixa para o Brasil um legado. O treinamento que essas pessoas receberam vai gerar mais trabalhos comunitários e serão criados precedentes de atuação para os eventos dos próximos anos”.

Aprendizado

A estudante carioca Fernanda Tubenchlak, que tem 21 anos, contou que decidiu se inscrever no programa para aprender mais sobre sustentabilidade. “É um tema importante, eu faço biologia e isso está bem dentro do que eu estudo. Durante a conferência, vou fazer entrevistas com o público sobre o assunto e acho que vou aprender muito”.

Já a brasiliense Fernanda Silva, de 21 anos, que estuda relações internacionais, quer aproveitar a oportunidade para acompanhar discussões importantes envolvendo os principais líderes mundiais.

“Já trabalhei como voluntária em outros eventos, mas acho que este vai ser muito importante, porque vários líderes mundiais estão vindo para cá e é bacana entrar em contato com tudo isso. Na universidade, a gente só estuda e agora pode ver na prática muitas dessas coisas e conhecer melhor as expectativas do mundo para o meio ambiente”.

Fonte: http://verde.br.msn.com/rioplus20-ter%c3%a1-a-participa%c3%a7%c3%a3o-de-12-mil-jovens-volunt%c3%a1rios
Portal EcoD, Atualizado: 12/06/2012 08:30

Sociedade civil organiza ato contra o Rodoanel Norte, dia 16 de junho de 2012, sábado, das 14:00 às 16:00 horas, na área livre, ao lado da Biblioteca de São Paulo, junto à estação de metrô Carandiru.

Lideranças comunitárias e ambientalistas convocam um Ato Cívico contra o Rodoanel Norte. O ato público acontecerá no dia 16 de junho, sábado, das 14h às 16h, na área livre ao lado da Biblioteca de São Paulo, junto à estação de metrô Carandiru.

Na reunião, os militantes pretendem esclarecer a opinião pública sobre os problemas que a megaobra provocará ao delicado sistema da Serra da Cantareira e às áreas de amortecimento do Parque Estadual da Cantareira, além de alertar para as interferências no clima de toda a cidade.

Os organizadores do Ato Cívico lembram também que a obra vai estimular o uso do automóvel particular, na contramão da tendência mundial de reduzir o carro no meio urbano: com os R$ 6,5 bilhões destinados ao projeto do Rodoanel Norte seria possível construir 24 km de metrô convencional (valor médio/km), 162 km de monotrilho semelhante ao que está sendo feito na extensão da linha 2-Verde e na linha 17-Ouro, ou ainda 1.180 km de corredores de ônibus. Por que não investir esses recursos em transporte coletivo em vez de realizar mais uma obra de estímulo ao carro particular?, questionam os militantes.

A seguir, alguns pontos destacados pelo manifesto, compreendendo problemas sociais, econômicos e ambientais que serão provocados pelo trecho norte do Rodoanel. Confira:

1. A obra será uma agressão ao maior patrimônio ambiental da cidade, a Serra da Cantareira, área decretada pela Unesco como Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo.

2. Contramão histórica: numa época de busca de sustentabilidade, é o que se pode dizer da proposta de construção de uma megaestrada tão próxima à área urbana (trechos a 11 km do centro), para o trânsito de carros e caminhões. ?Será uma nova avenida Marginal, paralela à Marginal do Tietê?, dizem especialistas.

3. Discutível benefício para o trânsito paulistano, em função do tráfego recolhido por essa obra, que deixaria de adentrar a cidade. Há estudos que mostram que esse benefício seria irrisório, se comparado aos transtornos ambientais e ao custo financeiro.

4. Chegada de enorme quantidade de gases, materiais particulados e ruído urbano a uma região intacta, de preservação ambiental e de mananciais. Significa levar poluição intensa à área de preservação.

5. A proposta do Ferroanel, recém anunciada pelos governos estadual e federal, a começar exatamente no Trecho Norte, contempla a retirada de cargas pesadas do centro da cidade, a um custo de obra 4 vezes menor: R$ 1,2 bilhão. Para que o Rodoanel, se virá o Ferroanel, que pode ter um projeto ampliado, com centros de abastecimento e descarga para os produtos com destino à Região Metropolitana de São Paulo?

6. Risco gravíssimo ao abastecimento de água a 55% de toda a população da Grande São Paulo, uma vez que o traçado proposto intercepta os troncos de abastecimento que saem da ETA Guaraú, na Pedra Branca, a maior estação de tratamento de água do Brasil.

7. O tramo Norte estaria passando em trechos a apenas 11 km do centro da cidade, enquanto em outras regiões está a mais de 20 km do centro. O seu trajeto se dá praticamente só por área de mata e terrenos livres, significando impermeabilização de uma enorme área (exemplo: Faz. Santa. Maria, no Tremembé), cujo recalque de água causará enchentes , sobrecarregando córregos que afluem ao Tietê.

8. São 44 km de estrada, com um calibre de obra de 150 metros, sem considerar as áreas de canteiro de obras, passando por enormes áreas semi.rurais e verdes em São Paulo, Guarulhos e Arujá, impactando a saúde e a qualidade de vida de toda a Grande São Paulo.

9. A demanda de tráfego nesse trecho já foi assumida pelo governo como menor do que nos outros trechos. Assim não se justifica os enormes custos financeiros e ambientais anunciados para a obra. Em termos de mobilidade urbana, é discutível a prioridade do investimento inicial de R$ 6,5 bilhões nessa obra, e não na construção de mais linhas de metrô e corredores de ônibus.

10. A serra da Cantareira cumpre funções de equilíbrio climático indiscutíveis. A colocação desse colar de asfalto e concreto junto a sua área reduzirá esse benefício à região metropolitana que, historicamente, não deu atenção a um planejamento equilibrado. A temperatura de São Paulo, que tem na serra da Cantareira um atenuador natural, subirá inevitavelmente.

*Texto de responsabilidade exclusiva da fonte aqui reproduzida.

Fonte: Blog Rodoanel (http://rodoanelnorte.wordpress.com)

Fonte: publicado em 06/06/2012 www.revistacaminhoneiro.com.br/noticias/informacoes_das_rodovias/sociedade_civil_organiza_ato_contra_o_rodoanel_norte.html