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Participei do Workshop realizado pelo DERSA na Universidade de Guarulhos – UNG, no dia 18 de setembro de 2012, das 9:00 horas às 16:00 horas. Compartilho as apresentaçoes em quatro partes com os fiéis seguidores do meu blog. Primeira parte da apresentação: GEOTEC VETSISTEM.

Os empreendedores dessa obra nao podem se esquecer da lei maior, nossa Carta Magna, CF/88, pois é dela que derivam todas as outras…

(…) “Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.”(…)

Clique abaixo para saber mais e deixe seu comentário que encaminharei aos responsáveis por essa obra.

Apresentação GEOTEC_VETSISTEM[1]

Fonte: DERSA.

Mais informações: Evento gratuito na Universidade Guarulhos: "Dersa realiza Workshop sobre Monitoramento de Fauna para o empreendimento Rodoanel Norte" e destaca as medidas de mitigação de impacto na fauna. Dia 18 de setembro de 2012, das 9:00 as 17:00 horas. As inscrições podem ser feitas gratuitamente por meio do endereço eletrônico: eventos@dersa

De: Eventos
Para: Conceição Aparecida Santos
17 de setembro de 2012

RES: Workshop da Dersa vai discutir monitoramente de fauna para rodoanel norte

Prezada Conceição,

Agradecemos o contato e informamos que sua inscrição para o Workshop foi efetuada.

Cordialmente,

DERSA – Desenvolvimento Rodoviário S/A
COMUNICAÇÃO | +55 11 3702-8066
eventos@dersa.sp.gov.br | www.dersa.sp.gov.br

FICHA TÉCNICA

PROGRAMAÇÃO

9h – 9h30 – Cadastramento e recepção dos participantes
9h30 – 9h45 – Apresentação do empreendimento
9h45 – 10h45 – Resultado do levantamento do EIA (Estudo de Impacto Ambiental)
10h45 – 11h – Coffee break

Apresentação da metodologia de monitoramento:

11h – 11h20 – Lepidópteros
11h20 – 12h – Herpetofauna
12h – 13h30 – Almoço
13h30 – 14h15 – avifauna
14h15 – 15h – Mastofauna
15h – 15h30 – Bugios na Fazenda Santa Maria
15h30 – 16h – Recomendações ao Programa de Monitoramento
16h – 16h30 – Sessão de perguntas

Assessoria de Imprensa
DERSA – Desenvolvimento Rodoviário S/A
Tel: (11) 3702-8113 / 75 / 76
E-mail: transportes@transportes.sp.gov.br
SECRETARIA ESTADUAL DE LOGISTICA E TRANSPORTE

A DERSA – Desenvolvimento Rodoviário S/A realiza no dia 18 de setembro o Workshop de Monitoramento de Fauna do Rodoanel Norte.  O objetivo do evento é promover o conhecimento da metodologia adotada para observação da fauna durante a implantação do empreendimento. O evento acontece no Anfiteatro F da Universidade Guarulhos (UnG), na Rua Soldado Basílio Pinto de Almeida, Centro de Guarulhos, das 9h às 17h.

Evento gratuito, o workshop apresentará as metodologias que serão empregadas no monitoramento de diversos grupos de fauna, durante a execução das obras de implantação do Rodoanel Norte. Serão expostas também práticas promovidas pela DERSA em outros empreendimentos rodoviários, como o Rodoanel Sul. O workshop apresentará, ainda, ações para mitigar os impactos nos bugios da fazenda Santa Maria, na Vila Albertina.

Estarão presentes especialistas da DERSA e representantes de órgãos licenciadores, como o IBAMA, a CETESB e a Secretaria Estadual de Meio Ambiente. O workshop é voltado para gestores de Unidades de Conservação Ambiental, consultorias ambientais, ONG’s, construtoras, e demais interessados em aprimorar o conhecimento nas práticas de monitoramento de fauna aplicadas pela companhia.

As inscrições podem ser feitas gratuitamente por meio do endereço eletrônico: eventos@dersa.sp.gov.br.

Trecho Norte do Rodoanel

O Rodoanel Norte terá extensão de 44 km e interligará os trechos Oeste e Leste do anel viário. Este trecho tem início na confluência com a Avenida Raimundo Pereira Magalhães, antiga estrada Campinas/São Paulo (SP-332), e fim na intersecção com a rodovia Presidente Dutra (BR-116). O trecho prevê acesso à rodovia Fernão Dias (BR-381), além de uma ligação exclusiva de 3,6 km para o Aeroporto Internacional de Guarulhos.

Rodovia “Classe Zero”, o Rodoanel Norte terá quatro faixas de rolagem por sentido, entre o Rodoanel Oeste e a rodovia Fernão Dias. O segmento entre a rodovia Fernão Dias e a via Dutra terá três faixas de rolagem de 3,6 m de largura em cada pista. A rodovia ainda é provida de canteiro central com 11m de largura e terá velocidade de 100 km/h.

Estima-se que pela nova rodovia trafeguem diariamente 65 mil veículos, 30 mil deles, caminhões, sendo 60% deles retirados da marginal Tietê.

Os recursos que suportarão os investimentos de implantação do trecho Norte (R$ 6,51 bilhões) vêm de três origens distintas: R$ 2,79 bilhões do Tesouro do Estado de São Paulo; R$ 2 bilhões, através de um empréstimo contraído pelo Governo Paulista junto ao BID e R$ 1,72 bilhão será proveniente do Governo Federal.

O trecho Norte atravessa os municípios de São Paulo, Guarulhos e Arujá e ocupa área total de aproximadamente 530 hectares. A faixa de domínio conta com extensão total de 47,4 Km e largura média de 130 metros.

O traçado apresenta 7 túneis e 111 obras de arte especiais (pontes e viadutos). O empreendimento, que já obteve licença ambiental prévia, minimiza impactos sobre remanescentes preservados de Mata Atlântica, ao mesmo tempo reduz interferências sobre áreas de urbanização consolidada.

Valério e sócios vão para a cadeia: pelo menos 13 anos de prisão

O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou nesta quinta-feira por lavagem de dinheiro oito dos dez réus acusados do crime. Os ministros entenderam que o esquema operado por Marcos Valério, com ajuda de dirigentes do Banco Rural, usou de mecanismos para ocultar e dissimular a origem do dinheiro público desviado para abastecer políticos da base aliada do então governo Lula. Como resumiu o ministro Dias Toffoli, o plenário atestou que o chamado valerioduto de fato existiu.

Com o resultado desta quinta, Valério e seus ex-sócios Cristiano Paz e Ramon Hollerbach já somam condenações suficientes para receber pena de, pelo menos, 13 anos, em regime fechado. Esse número considera a pena mínima para duas condenações por corrupção ativa, três por peculato e uma por lavagem de dinheiro. O próximo passo será analisar se há provas para também condenar os políticos acusados de receber propina.

Ontem, também foram condenados por lavagem o advogado Rogério Tolentino, a ex-diretora financeira da SMP&B Simone Vasconcelos e os dirigentes do Banco Rural Kátia Rabello, José Roberto Salgado e Vinícius Samarane. Duas rés foram absolvidas: a ex-diretora do Banco Rural, Ayanna Tenório, inocentada por unanimidade, e Geiza Dias, ex-secretária de Valério. Funcionária subordinada a Simone, Geiza foi absolvida por sete votos a três, por não saber da origem e destinação ilícita dos recursos.

Para a ministra Cármen Lúcia, o sistema de lavagem de dinheiro operacionalizado pelos dirigentes do Rural em parceria com Valério viabilizou o esquema delitivo tocado pelos réus.

O dinheiro é para o crime o que o sangue é para a veia. Se não circular com volume e sem obstáculo, não temos esquemas criminosos como estes. Há uma necessidade de que haja instituições financeiras que se prestem a situações como esta para irrigar o esquema disse ela.

A inibição ao crime de lavagem de dinheiro é fundamental para se evitar a corrupção, avaliou o ministro Celso de Mello.

O crime de lavagem de valores, se não for reprimido com dureza e com firmeza pelas instituições nacionais, fortalecerá, dentre outros ilícitos penais, a corrupção e a criminalidade organizada, provocando situações nocivas ao interesse público e gerando consequências sociais desastrosas sem precedentes disse Mello.

Os ministros foram unânimes ao condenar Marcos Valério, Ramon, Cristiano, Simone, Kátia e Salgado. O advogado e ex-sócio de Valério, Rogério Tolentino, recebeu dois votos por sua absolvição, de Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli, para quem não se comprovou que o réu fosse mais do que advogado de Marcos Valério.

Toffoli fez questão de lembrar que a tecnologia de movimentação financeira das empresas de Marcos Valério já havia sido usada por parte de um grupo proveniente de Minas Gerais, numa referência ao mensalão tucano, em análise pela Justiça Estadual em Minas Gerais e, em breve, pelo STF (réus com foro privilegiado).

Rosa Weber chegou a dizer que não havia prova suficiente de que Tolentino fosse sócio oculto das empresas de Valério, como chegou a sustentar a Procuradoria Geral da República. Mas, para ela, isso não significa que não tenha participado dos crimes e dos atos de lavagem nos quais foram utilizados sua empresa.

Não há dúvida da participação por meio da pessoa jurídica Rogério Tolentino & Advogados Associados na lavagem de dinheiro oriundo do fundo Visanet disse o presidente do STF Ayres Britto, que ainda fez menções a transferências realizadas pelo réu à corretora Bonus Banval no mesmo dia em que recebeu R$ 10 milhões de empréstimo do Banco BMG.

Para defender a absolvição de Geiza Dias, que já havia sido proposta pelo revisor Ricardo Lewandowski, Rosa citou o princípio in dubio pro reo (na dúvida, decide-se pelo réu).

Há que se duvidar que uma empregada em um posto subalterno tivesse conhecimento da ilicitude dos pagamentos, inclusive da origem espúria do numerário. Não reconheço a existência de provas suficientes de que ela tenha agido com o dolo disse a ministra.

Na mesma linha foi a ministra Cármen Lúcia:

Ela sabia da saída do dinheiro, o que não fica como certeza que ela soubesse que tinha havido crime antes, e em que condições.

Marco Aurélio de Mello discordou dos outros ministros e, entre os três que votaram pela condenação de Geiza, foi quem defendeu sua tese com mais veemência.

Ela tinha domínio da tramoia.

O ministro ainda ironizou a tendência de votação pela absolvição da funcionária:

Aos 66 anos, não posso acreditar em Papai Noel. Minha experiência de vida é conducente a votar reconhecendo configurada a prática do delito de lavagem do dinheiro. (O Globo)

Extraído de: Associação do Ministério Público de Minas Gerais 14/09/12.
http://www.jusbrasil.com.br/noticias

Dersa realiza workshop sobre "Monitoramento de Fauna" para Rodoanel Norte

Evento gratuito na Universidade Guarulhos destaca as medidas de mitigação de impacto na fauna.

Dia: 18/09/12
Horario: das 9:00 as 17:00 horas
Local: Universidade de Guarulhos (UNG)- Anfiteatro
Endereço: Rua Soldado Basílio Pinto de Almeida
Centro – Guarulhos – Sao Paulo – Brasil

Da Redação

13/09/2012 – A Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A) realiza no dia 18 de setembro o workshop de Monitoramento de Fauna do Rodoanel Norte. O evento acontece no Anfiteatro da Universidade Guarulhos (UnG), na Rua Soldado Basílio Pinto de Almeida, Centro de Guarulhos, das 9h às 17h.
 
Evento gratuito, o workshop apresentará as metodologias que serão empregadas no monitoramento de diversos grupos de fauna, durante a execução das obras de implantação do Rodoanel Norte. Serão expostas também práticas promovidas pela Dersa em outros empreendimentos rodoviários, como o Rodoanel Sul. O workshop apresentará, ainda, ações para mitigar os impactos nos bugios da fazenda Santa Maria, na Vila Albertina.

Estarão presentes especialistas da Dersa e representantes de órgãos licenciadores, como o Ibama, a Cetesb e a Secretaria Estadual de Meio Ambiente. O objetivo do evento é promover o conhecimento da metodologia adotada para observação da fauna durante a implantação do empreendimento.

O workshop é voltado para gestores de Unidades de Conservação Ambiental, consultorias ambientais, ONG’s, construtoras, e demais interessados em aprimorar o conhecimento nas práticas de monitoramento de fauna aplicadas pela companhia.
 
O evento será realizado das 9h às 17h, no anfiteatro da Universidade de Guarulhos, que fica na Rua Soldado Basílio Pinto de Almeida, 82 – Centro – Guarulhos. As inscrições podem ser feitas gratuitamente por meio do endereço eletrônico: eventos@dersa.sp.gov.br.
 
Trecho Norte do Rodoanel  

O Rodoanel Norte terá extensão de 44 km e interligará os trechos Oeste e Leste do anel viário. Este trecho tem início na confluência com a Avenida Raimundo Pereira Magalhães, antiga estrada Campinas/São Paulo (SP-332), e fim na intersecção com a rodovia Presidente Dutra (BR-116). O trecho prevê acesso à rodovia Fernão Dias (BR-381), além de uma ligação exclusiva de 3,6 km para o Aeroporto Internacional de Guarulhos.
 
Rodovia “Classe Zero”, o Rodoanel Norte terá quatro faixas de rolagem por sentido, entre o Rodoanel Oeste e a rodovia Fernão Dias. O segmento entre a rodovia Fernão Dias e a via Dutra terá três faixas de rolagem de 3,6 m de largura em cada pista. A rodovia ainda é provida de canteiro central com 11m de largura e terá velocidade de 100 km/h.
 
Estima-se que pela nova rodovia trafeguem diariamente 65 mil veículos, 30 mil deles, caminhões, sendo 60% deles retirados da marginal Tietê.
 
Os recursos que suportarão os investimentos de implantação do trecho Norte (R$ 6,51 bilhões) vêm de três origens distintas: R$ 2,79 bilhões do Tesouro do Estado de São Paulo; R$ 2 bilhões, através de um empréstimo contraído pelo Governo Paulista junto ao BID e R$ 1,72 bilhão será proveniente do Governo Federal.
 
O trecho Norte atravessa os municípios de São Paulo, Guarulhos e Arujá e ocupa área total de aproximadamente 530 hectares. A faixa de domínio conta com extensão total de 47,4 Km e largura média de 130 metros.
 
O traçado apresenta 7 túneis e 111 obras de arte especiais (pontes e viadutos). O empreendimento, que já obteve licença ambiental prévia, minimiza impactos sobre remanescentes preservados de Mata Atlântica, ao mesmo tempo reduz interferências sobre áreas de urbanização consolidada.
 
Fonte: www.celuloseonline.com.br
13/09/12
 

SP: Plano Diretor teve participação social, mas esbarrou na falta de vontade política

“Tínhamos de chegar aos dias de hoje com uma cidade fundamentalmente diferente da que tínhamos dez anos atrás, mas São Paulo continua mais ou menos a mesma”, diz relator do projeto aprovado em 2002

Ilustre desconhecido da imensa maioria dos paulistanos, o Plano Diretor Estratégico (PDE) do município completa dez anos de vigência nesta quinta-feira, 13 de setembro, sem que boa parte de suas determinações tenham saído do papel. Com 308 artigos, dez mapas e 15 quadros, o PDE foi elaborado durante a gestão da prefeita Marta Suplicy (PT) com ampla participação social: mais de cem reuniões e audiências públicas se realizaram antes que o Executivo enviasse um projeto de lei à Câmara para apreciação dos vereadores. Mais discussões ocorreram no Legislativo até que o texto fosse definitivamente aprovado, em 2002.

“O PDE é um instrumento indispensável para pensar a cidade”, avalia o ex-vereador Nabil Bonduki, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, que trabalhou como relator do plano diretor paulistano. Em poucas palavras, o PDE é uma lei municipal aprovada pela Câmara e sancionada pela prefeitura. Seu objetivo é organizar o crescimento e o funcionamento da cidade, prevendo metas a serem alcançadas em habitação, saúde, educação, segurança, meio ambiente, transporte, enfim, em todas as áreas da política pública. O plano diretor também orienta as prioridades do investimento governamental e indica quais obras devem ser realizadas, quando, onde e por quê.

Como o próprio nome sugere, o PDE é quem deveria ‘dirigir’ o desenvolvimento do município. No Brasil, os planos diretores passaram a ser obrigatórios para cidades com mais de 20 mil habitantes a partir de 2001, após a aprovação do Estatuto das Cidades durante a gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Por sua vez, o Estatuto das Cidades foi elaborado para regulamentar o capítulo sobre política urbana previsto na Constituição Federal. Trata-se, portanto, de uma determinação legal que se materializou textualmente em São Paulo com 14 anos de atraso. “Era uma obrigação e uma necessidade fazer o PDE”, complementa Bonduki.

Quem comandou o processo de elaboração do plano diretor na capital paulista foi o arquiteto Jorge Wilheim, que ao longo de 50 anos passou por diferentes administrações municipais e estaduais e, na época, ocupava a Secretaria de Planejamento da Prefeitura. “O mais desafiador na elaboração de um PDE para São Paulo é o tamanho da cidade, em todos os sentidos: população, espaço e quantidade de problemas”, explica. Wilheim comenta que o PDE de 2002 não foi a primeira iniciativa de planejamento da cidade, mas reconhece que planificação nunca foi o forte da maior metrópole da América do Sul.

Segundo o arquiteto, o primeiro plano diretor propriamente dito que passou a vigorar em São Paulo foi elaborado na gestão do prefeito Faria Lima, que governou entre 1965 e 1969, durante a ditadura. “Ele viu a necessidade de iniciar imediatamente o metrô e planejar os dois grandes vales dos rios Tietê e Pinheiros”, explica, lembrando que na época houve um estímulo importante ao planejamento urbano. “Os militares queriam colocar cada coisa em seu lugar, mas eu vejo o planejamento como uma proposta de futuro, na qual muitas vezes as rupturas são mais importantes que os ajustes, e a criatividade e as decisões políticas são fundamentais.”

Jorge Wilheim afirma que, mais tarde, outras discussões sobre o plano diretor ocorreriam dentro dos governos municipais de Mário Covas (1983-1985) e Jânio Quadros (1986-1989), mas sem que o debate se traduzisse em um planejamento efetivo da cidade. O arquiteto participou de ambos processos, e lamenta que a proposta de Covas não tenha sido aprovada pela Câmara por pura falta de entusiasmo do prefeito. “Ele não acreditava no planejamento”, lembra. O projeto de Jânio, sim, foi colocado em prática, mas o texto fora escrito dentro dos gabinetes, sem qualquer debate público, e não teve grandes consequências.

“De 1988 até a gestão da prefeita Marta Suplicy, nada mais foi feito em planejamento, a não ser correções pontuais ao sabor do mercado imobiliário”, contextualiza Wilheim, avaliando que a formulação do PDE de 2002 se traduziu num movimento de ‘saída para fora’ das secretarias municipais: durante quatro anos, os técnicos da prefeitura tiveram de ir às ruas e ouvir a população, organizações da sociedade civil e grupos empresariais. “Foi uma época de muito entusiasmo”, recorda.

O atual presidente do Movimento Defenda São Paulo, Heitor Marzagão, foi uma das pessoas que tomaram parte nas audiências públicas e acompanharam de perto a construção do plano diretor. “Foi uma experiência nova, estávamos todos aprendendo, inclusive a prefeitura”, analisa, ressaltando o nível de participação, a quantidade de reuniões e a informação de qualidade que foi prestada pelo poder público para embasar as discussões. “Não é um plano tão bom quanto poderia ter sido, mas foi o que conseguimos fazer.”

Regulamentação

Jorge Wilheim lamenta, porém, que a estrutura jurídica brasileira seja perniciosa ao permitir que uma lei discutida e aprovada pelas câmaras legislativas tenham de ser posteriormente regulamentadas pelo Executivo, por meio de decreto. “Se algum prefeito não quer fazer com que uma lei vingue, ele simplesmente deixa de regulamentá-la e a lei vira letra morta”, critica. “Houve mais ou menos 30 artigos do PDE que até hoje não saíram do papel por simples falta de regulamentação da prefeitura.”

Nabil Bonduki argumenta na mesma linha. “A implementação do plano diretor ficou muito aquém do necessário”, concorda. “Tínhamos de chegar aos dias de hoje com uma cidade fundamentalmente diferente da que tínhamos dez anos atrás, mas São Paulo continua mais ou menos a mesma.” O relator do PDE recorda que um dos objetivos mais importantes da lei aprovada em 2002 era reverter o processo de esvaziamento populacional do centro construindo unidades habitacionais para famílias de baixa renda.

Isso ajudaria a resolver um dos problemas mais graves da cidade: a concentração de empregos nos bairros centrais aliada à ampliação de moradias nas zonas periféricas, o que obriga a parte significativa dos paulistanos passar horas intermináveis no trânsito apenas para se locomover de casa para o trabalho. “Ao propor habitação na área central e planos de desenvolvimento econômico na zona leste, por exemplo, o PDE pretendia romper essa desigualdade. E isso não foi alcançado.” Muito pouco foi feito também no transporte: de 2005 para cá não se construiu um corredor de ônibus sequer, e muitos estavam previstos.

“A administração atual tomou como ponto de partida não dar continuidade a muitas políticas e projetos herdados da administração Marta Suplicy”, pontua Bonduki. “Em alguns casos, como o da habitação social no centro, as gestões de José Serra e Gilberto Kassab tinham uma visão bastante diferente da prefeitura anterior. Tanto que demoliram dois edifícios vazios na região, o São Vito e o Mercúrio, em vez de reformá-los e destiná-los a famílias de baixa renda.”

Nem mesmo a revisão do plano diretor, que deveria ter sido feita em 2006, ocorreu – e graças ao prefeito José Serra (2005-2006). “Em vez de revisar e aprimorar o que já existia, Serra tentou fazer um novo plano e acabou sendo barrado pelo Ministério Público”, explica Jorge Wilheim. Organizações da sociedade civil e movimentos populares também se mobilizaram para frear, juntas, os anseios do prefeito tucano. Como resultado, São Paulo ficou com o PDE de 2002 intacto até hoje, com inevitáveis desatualizações.

Dez anos depois, é sóbrio o balanço feito por Jorge Wilheim sobre uma de suas mais importantes criações urbanísticas. “Minha maior satisfação é que o plano diretor perdura como lei: ele vale, conduz, conseguiu resultados positivos e trouxe inovações. O que me frustra, porém, é que o processo de planejamento foi paralisado”, pondera.

“O passo seguinte era formular planos diretores para cada subprefeitura da cidade, nos quais a população teria participação ainda maior. É no bairro onde muitos aspectos da qualidade de vida conseguem ser resolvidos: calçadas, pequenas praças, lixo, uma porção de coisas que são superficiais, mas ainda assim muito importantes no cotidiano das pessoas.” Desde então, apenas a região de Perus, na zona norte, conseguiu elaborar e aprovar na Câmara um PDE próprio.

Fonte: Rede Brasil Atual –  Tadeu Breda
www.chicomacena.com.br

TCE/ SP manda paralisar licitação – 10-09-2012

Clique e leia aqui a íntegra dessa decisão:

TCE_set10-09-2012

Resultado de representação do Sinaenco ao TCE/SP e por determinação do Conselheiro Dimas Eduardo Ramalho, o Pregão Eletrônico nº 024/2012 da DERSA – Desenvolvimento Rodoviário S/A, cuja sessão de recebimento das propostas estava marcada para o dia 06 de setembro, foi paralisado liminarmente até ulterior decisão daquela Corte.

O objeto dessa licitação envolvia a Prestação de serviços técnicos para execução do Programa de Supervisão e Monitoramento Ambiental – Subprograma de Qualidade de Água para a construção do Rodoanel Mario Covas – Trecho Norte.

Dentre as alegações do sindicato para obstar o certame, a impossibilidade de licitar tal objeto pela modalidade de pregão por se tratar de serviços técnicos especiais de natureza intelectual, que, além de ferir o Decreto Estadual 56.565/10 que proíbe seleção de propostas dessa natureza pelo critério de menor preço, pelo fato de não serem serviços comuns, também contraria a condição essencial de licitações nessa modalidade. Outro ponto combatido do referido edital, foi a ausência de planilha orçamentária com o valor estimado da contratação, situação que viola o princípio da publicidade e a própria Lei de Licitações.

Fonte: http://www.sinaenco.com.br/noticias_detalhe.asp?id=1210

SP perde 14 árvores por dia com aval da prefeitura

A cidade de São Paulo perdeu, com autorização oficial, 14 árvores por dia nos últimos 14 anos. Foram 72.514 exemplares cortados de lotes e áreas verdes com aval da Prefeitura. A vegetação retirada deu espaço a prédios, shoppings, ruas, estações de metrô e outras construções. O número corresponde a quase cinco Parques do Ibirapuera – a área verde da zona sul tem aproximadamente 15 mil árvores.

Os dados foram compilados pela arquiteta e urbanista Luciana Schwandner Ferreira, que os apresentou em sua dissertação de mestrado defendida na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP). Luciana já trabalhou no departamento da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente responsável pelas compensações ambientais exigidas para cortes de árvore. A pesquisadora fez o levantamento com base nos despachos publicados no Diário Oficial da Cidade entre 1997 e 2011.

De acordo com a Prefeitura, uma autorização somente é dada depois da exigência de replantio de um número maior de árvores do que as que foram retiradas. A pesquisa de Luciana mostrou, porém, que o mecanismo de compensação não funciona de forma eficiente e tampouco aumenta ou mesmo mantém a cobertura vegetal dos locais onde os cortes foram autorizados.

Na maioria das vezes, os cortes autorizados dizem respeito a prédios e empreendimentos em áreas nobres ou obras do poder pYúblico, que respeitam a legislação ambiental por causa da fiscalização. Na periferia, onde há pouca vigilância dos fiscais, a maioria dos cortes de árvore é feita sem registro da Prefeitura.

Entre as espécies que foram cortadas com autorização estão remanescentes de Mata Atlântica. São árvores como jequitibá, passuaré, sibipiruna, seafórtia, pau-brasil e tipuana.

Bairros bem arborizados e onde surgiram nos últimos anos dezenas de prédios no lugar das casas aparecem no topo da lista dos mais desmatados, como Santo Amaro, na zona sul, e Butantã, na zona oeste.

Devastação

O número de árvores cortadas com autorização da Prefeitura é alto, mas ainda é pequeno se comparado ao total de verde perdido pela cidade nesse mesmo período. Não entram na conta do desmatamento oficial ocupações e favelas que avançaram sobre a Serra da Cantareira, na zona norte, e na região de Parelheiros, no extremo sul.

“Existem outros cortes que não exigem compensação ambiental e, é claro, os cortes irregulares, que não estão computados. Isso mostra que a cidade pode ter perdido muito mais área verde do que aponta a pesquisa”, afirma Luciana.

Dados do Atlas Ambiental, estudo feito pela própria Prefeitura, apontou o corte de 53 quilômetros quadrados de área verde somente entre 1999 e 2000 – o equivalente a 35 Parques do Ibirapuera. A maior parte ocorreu nas bordas da cidade. “É pouco comum, nos bairros afastados, as pessoas pedirem autorização para retirar uma árvore que está atrapalhando a passagem dos pedestres ou que está velha, por exemplo”, diz a pesquisadora.

DIEGO ZANCHETTA e RODRIGO BURGARELLI

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