22/11/2014 – Do G1 – Sistemas Cantareira, Guarapiranga e Alto Tietê registram nova queda. No Cantareira, a queda foi de 9,7% para 9,6%, apesar da chuva. Juntos, os três reservatórios abastecem 15,9 milhões de pessoas.

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Vista aérea da represa de Jaguari, parte do Sistema Cantareira, em Bragança Paulista (SP) (Foto: Nacho Doce/Reuters)

Os três maiores sistemas de abastecimento de água da Grande São Paulo – Cantareira, Alto Tietê e Guarapiranga – tiveram nova queda em seus reservatórios neste sábado (22), de acordo com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

No Cantareira, apesar da chuva de 1,6 milímetros, a queda foi 0,1 % e passou de 9,7% para 9,6%. O atual índice leva em consideração a segunda cota do volume morto do sistema. O volume útil e a primeira cota já foram esgotados.

A queda no Cantareira foi menor do que no dia anterior, quando os níveis do reservatórios diminuíram 0,2%, caindo de 9,9% na quinta(20) para 9,7% na sexta (21).

No Guarapiranga, a queda do nível de reserva foi ainda mais expressiva: de 33% para 32,6%. Já no Sistema Alto Tietê, o nível recuou de 6,4% para 6,2%, mesmo com a chuva de 2,7 milímetros.

No mês de novembro, a média esperada de chuvas no Cantareira é de 161,2 milímetros na região dos reservatórios. Até agora, choveu pouco mais da metade: 91,8 milímetros.

Essa chuva já representa mais que o dobro do que caiu em todo o mês de outubro, quando foi registrado 42,5 milímetros. Porém, mesmo com a precipitação mais forte em novembro, o nível das represas não subiu. Já são mais de 200 dias seguidos de constantes quedas e poucos dias de recuperação.

Juntos, Cantareira, Alto Tietê e Guarapiranga abastecem 15,9 milhões de pessoas na Grande São Paulo.

Outros Sistemas

Os outros três sistemas de abastecimento da Grande São Paulo não registraram chuvas entre sexta (21) e sábado (22) e também tiveram queda em seus níveis.

No Alto Cotia, o volume acumulado recuou de 28,4% para 28%. No Rio Grande, o nível baixou de 64,3% para 64% e, no Rio Claro, de 33,3% para 32,6%.

Reajuste em dezembro

Na sexta-feira (14), executivos da Sabesp informaram que o reajuste de tarifas pedido pela Sabesp para aplicação em dezembro deve ser maior que os 5,44% acertados no começo do ano, mas suspenso antes das eleições de outubro.

A empresa, controlada pelo governo do Estado de São Paulo, conseguiu o reajuste em meados de abril, mas na época a Arsesp, agência reguladora do setor, autorizou a aplicação do aumento das tarifas em “momento oportuno”.

No caso, o momento oportuno foi dezembro, conforme comunicado da empresa na noite de quinta-feira ao mercado.

Na sexta-feira, o diretor financeiro da Sabesp, Rui Afonso, afirmou a analistas em videoconferência que o reajuste pretendido “deverá ser maior que os 5,44%”, diante da necessidade de correção monetária. Ele não comentou qual será o índice a ser aplicado.

O processo de revisão tarifária deveria ter sido concluído em agosto de 2013, mas passou por uma série de adiamentos.

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Animais são vistos à beira da água nas margens expostas da represa de Jaguari, parte do Sistema Cantareira, em Bragança Paulista (SP) (Foto: Nacho Doce/Reuters)
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Água que antes tomava toda a área central da imagem se concentra em um leito mais fundo em zigue-zague na represa de Atibainha, parte do Sistema Cantareira, em Nazaré Paulista (SP) (Foto: Nacho Doce/Reuters)
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Vista aérea da represa de Atibainha, parte do Sistema Cantareira, com margens bastante expostas devido à seca no estado de São Paulo, em Nazaré Paulista (Foto: Nacho Doce/Reuters)
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Represa de Jaguari, integrante do Sistema Cantareira, em Bragança Paulista (SP) (Foto: Nacho Doce/Reuters)
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Ponte sobre a represa de Atibainha, parte do Sistema Cantareira, com margens bastante expostas devido à seca no estado de São Paulo, em Nazaré Paulista (Foto: Nacho Doce/Reuters)

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Fonte: http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2014/11/sistemas-cantareira-guarapiranga-e-alto-tiete-registram-nova-queda.html

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