Ambientalistas tentam barrar financiamento do trecho norte do Rodoanel

08:00 hs – 18/04/2013 REDAÇÃO ÉPOCA

Foto: Trecho sul do Rodoanel. Wikimedia Commons
(Bruno Calixto)
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O Rodoanel é uma das principais propostas do governo de São Paulo para desafogar o trânsito da cidade e facilitar os deslocamentos rodoviários. A autoestrada, que no projeto total deverá ter 180 quilômetros, foi dividida em quatro trechos, e o primeiro trecho norte foi inaugurado há dez anos. Apenas agora, em março de 2013, o governo anunciou o início das obras do último trecho, no norte de São Paulo – a parte mais delicada, já que para construir a estrada, o governo deverá desalojar pessoas e desmatar uma importante área de Mata Atlântica na região.

O trecho Norte do Rodoanel demorou para sair porque ambientalistas conseguiram suspender, no passado, uma parte do financiamento da obra. O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) vai colocar R$ 2 bilhões na estrada, mas após denúncias de problemas sociais e ambientais, decidiu suspender o financiamento. Essa suspensão durou até dezembro de 2012, e com o dinheiro liberado, as obras já estão previstas para começar.

>> Por que criar mais áreas verdes ao longo do rio Pinheiros

Marco Martins, consultor do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental (Proam), diz que um grupo de organizações está tentando reverter essa decisão do BID. Segundo ele, a construção do trecho norte causa inúmeros problemas ambientais e sociais, e esses problemas não foram dimensionados nos estudos de impacto ambiental da obra. “Não somos contra o Rodoanel. Somos contra a forma como ele está sendo feito”, diz. O Proam apresentou estudos ao BID e a senadores americanos, pedindo que o financiamento seja novamente bloqueado.

Segundo Martins, os estudos feitos para a obra não analisaram corretamente os impactos na população local. Milhares de pessoas podem ser desalojadas pela obra – os cálculos variam de 12 mil até 20 mil pessoas que precisariam ser realocadas. A situação é particularmente complicada porque muitos dos moradores não têm título das terras onde estão, o que os coloca em uma situação de risco, já que não têm direito a indenização. Mas mesmo os que têm título contam que recebem indenizações insuficientes para conseguir mudar porque o governo paga apenas pelas terras, e não pelas casas.

Além de pessoas, também os animais terão que se mudar se o projeto seguir adiante. Entre os 46 quilômetros de extensão do Rodoanel, está previsto que ele corte pelo menos 16 parques ou áreas verdes. São áreas importantes para a conservação, e uma das poucas áreas grandes e contínuas de natureza próxima a cidade de São Paulo. Além disso, essa área de floresta é extremamente importante para garantir o abastecimento de água na cidade de São Paulo.

O custo total do trecho norte do Rodoanel está previsto em R$ 6 bilhões. Para Martins, esse dinheiro poderia ser melhor aplicado em outras soluções para o trânsito de São Paulo. “Com esse valor, é possível duplicar a rede de Metrô da cidade. Qual solução é melhor para resolver o problema do trânsito?”, pergunta.

Fonte: http://colunas.revistaepoca.globo.com/planeta/2013/04/18/ambientalistas-tentam-barrar-financiamento-do-trecho-norte-do-rodoanel/

BOA NOITE! – TERÇA, 16 DE ABRIL DE 2013 – Plano Diretor Estratégico: a cidade que temos, a cidade que queremos. Debate no dia 20 de abril, sábado, às 14 horas. Local: CEU Jaçanã: Rua Antonio Cesar Neto, nº 105 – Jaçanã, São Paulo. Debatedores convidados: Nabil Bonduki, José Américo e Francisco Macena. Organização: Subprefeitura de Jaçanã/Tremembé. Informações: http://rodoanelnorte.wordpress.com

Rodoanel Norte, obra ilegal, na contramão da mobilidade urbana sustentável.

Debate “Plano Diretor Estratégico: a cidade que temos, a cidade que queremos” destacará discussão sobre Rodoanel Norte. Dia 20/4 no CEU Jaçanã.

No próximo dia 20 de abril a população de São Paulo está convidada a participar de um debate no CEU Jaçanã que, entre outros temas, trará a público a importante discussão sobre a obra do trecho norte do Rodoanel, o maior projeto viário em curso na cidade de SP.

Esta rodovia de R$ 6,5 bilhões passará a apenas 11 km do centro da cidade. Além do impacto ao meio ambiente na Serra da Cantareira, a obra não atende às necessidades de mobilidade urbana da cidade e será mais um estímulo ao uso do automóvel particular. Os trabalhos foram iniciados em março passado, no município de Arujá, mas na cidade de São Paulo a obra contraria o Plano Diretor e não poderia ser construída antes da revisão do plano, cujas audiências devem começar em junho.

A obra do Rodoanel trará impactos ambientais, sociais (desapropriações) e para a mobilidade urbana da cidade de SP como um todo. Para o especialista em trânsito Horácio Figueira, é uma obra rodoviarista, indutora de maiores congestionamentos, que não atende a nenhuma solução de transporte público.

O mais grave é que se trata de uma obra ilegal. É o que aponta o parecer do promotor de Justiça do Estado Daniel Fink, que recomenda que todas as licenças devem ser cassadas e a obra suspensa.

Todas as interferências do Rodoanel Norte sobre o novo Plano Diretor de São Paulo serão abordadas durante o debate que acontece neste sábado, no CEU Jaçanã.

Plano Diretor Estratégico: a cidade que temos, a cidade que queremos
Debate no dia 20 de abril, sábado, às 14 horas
Local: CEU Jaçanã: rua Antonio Cesar Neto, nº 105 – Jaçanã, São Paulo
Debatedores convidados: Nabil Bonduki, José Américo e Francisco Macena
Organização: Subprefeitura de Jaçanã/Tremembé
Informações: http://rodoanelnorte.wordpress.com/

Fonte: http://www.segs.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=114039:-rodoanel-norte-obra-ilegal-na-contramao-da-mobilidade-urbana-sustentavel&catid=71:categoria-veiculos&Itemid=367

Novo Plano Diretor começa a ser discutido em São Paulo

13 DE ABRIL DE 2013 – 9H07

Uma cidade com 11 milhões de habitantes como São Paulo tem muitos desafios pela frente: trânsito caótico, transporte público ineficiente, alagamentos constantes, falta de segurança, saúde, educação – e isso só para citar alguns dos problemas mais gritantes. A lista é enorme, e não para por aí. Mas você sabe como resolver essas questões, ou pelo menos como levantar o debate na sua comunidade e garantir que as suas ideias e reclamações sejam ouvidas pelas autoridades?

Foto: Marcos Santos/USP Imagens.
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O Plano Diretor define regras de zoneamento na cidade.

Toda cidade precisa de planejamento, e 2013 é o ano para São Paulo repensar a sua legislação. Para resolver esses problemas é preciso percorrer um longo caminho, e tudo começa agora, com os debates da revisão do Plano Diretor – um conjunto de regras que define o planejamento urbanístico da cidade. A revisão é obrigatória por lei e vai determinar as diretrizes para o município na próxima década. Após a sanção do prefeito Fernando Haddad (PT), a revisão do Plano Diretor entra em vigor. Em seguida, começam as discussões sobre a Lei de Zoneamento, de 2004, e o Código de Obras, de 1992, que são complementares.

O atual Plano Diretor Estratégico de São Paulo foi aprovado em 2002, na gestão da então prefeita Marta Suplicy (PT), e venceu no ano passado. De acordo com a legislação, ele precisa ser revisado pela Prefeitura e votado pelos vereadores na Câmara Municipal. E é aí que entra a sua participação. Este é um momento estratégico não apenas para os políticos, mas também para a sociedade civil pensar o que pode ser melhorado na cidade e em cada um dos 96 distritos cadastrados nas subprefeituras da capital.

Para o vereador José Américo (PT), presidente da Câmara Municipal de São Paulo – onde a gestão Haddad (PT) tem maioria – esta é a hora de definir, sobretudo, os problemas de moradia e habitação do centro e a questão do emprego às regiões mais afastadas da cidade. “Hoje são 4 milhões de pessoas que saem da Zona Leste e da Zona Sul e vão para o centro trabalhar todos os dias. Não há sistema de transporte que aguente. São Paulo tem um número de ônibus que já é enorme, são 15 mil ônibus. Se aumentar para 20 mil, não vai andar. E não dá tempo de construir metrô pra todo mundo. Aproximar o emprego das pessoas e diminuir essa loucura que é o deslocamento das pessoas de casa pro trabalho e vice-versa, é como o Plano Diretor, que vai ser revisto em 2013, pode ajudar a cidade”, destacou o vereador.

Além disso, a questão do meio ambiente deve ganhar força nas discussões do novo Plano Diretor, sobretudo, em relação ao Trecho Norte do Rodoanel. Segundo Américo, a questão foi levada à Procuradoria Geral do Estado e corre na Justiça. “Queremos impedir que o Cades (Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável) autorize a obra porque entendemos que sem autorização não pode ser iniciada. Mas a Dersa não respeita nada então entramos na Justiça também”, explicou Américo.

Segundo ele, o novo Plano Diretor de São Paulo também tem a função de facilitar o trabalho de regularização e urbanização das favelas. “Já existem leis federais que permitem que se regularize até áreas de preservação, mas também é preciso buscar esses instrumentos no Estatuto da Cidade”, defendeu Américo, que também afirmou que as leis precisam “facilitar” a desapropriação de imóveis vazios, ou com grandes dívidas de IPTU.

Como funciona o debate sobre o Plano Diretor?

O Plano Diretor Estratégico organiza o crescimento e o funcionamento da cidade, diz quais são os objetivos para cada uma das suas regiões e identifica instrumentos e ações para realizá-los. Além disso, também é responsável pelas diretrizes para as políticas públicas de desenvolvimento econômico e urbano, transporte, saúde, educação, emprego, habitação, qualidade de vida e meio ambiente. Todas estas questões devem ser resolvidas de forma conjunta, para ajudar a reduzir a desigualdade social nas diferentes regiões da cidade ao longo dos anos. Após a votação do Plano Diretor, os vereadores devem elaborar o Código de Obras e a Lei de Zoneamento da cidade, que também serão revistos.

Em 2013, a elaboração do novo Plano Diretor Estratégico será dividida em três fases: em um primeiro momento será feita a revisão do Plano atual; depois, terão início os debates dos novos planos e ideias dos vereadores e também das 31 subprefeituras de São Paulo e, por fim, os debates com a sociedade por meio de audiências públicas que serão convocadas, segundo o vereador José Américo, em diversas mídias – televisão, rádio, revistas e jornais impressos – e acontecerão, de preferência, aos sábados. A linha de trabalho adotada, segundo ele, será a revisão não apenas do Plano Diretor, mas também dos planos regionais estratégicos, da lei de parcelamento, uso e ocupação do solo, do código de obras, da regulamentação de instrumentos de política urbana e elaboração dos planos de bairro, da outorga onerosa do direito de construir, da criação de operações urbanas e de zonas especiais de interesse social (Zeis).

Interesses e disputas de poder

Uma questão polêmica nos debates envolve o adensamento e verticalização populacional – ou seja, a construção de grandes edifícios residenciais e comerciais, principalmente, na zona Sul da cidade, onde existem muitas áreas de vegetação nativa e de mananciais que precisam de delimitação sobre as condições de aprovação das novas construções e, também, da regulamentação das atuais, qualificando os loteamentos e assentamentos já existentes para minimizar os impactos ambientais. O mercado imobiliário, por sua vez, quer um número menor de regras no zoneamento, para ter maior liberdade na construção.

Para o vereador Nabil Bonduki, diversos interesses estão em jogo, mas o novo plano tem o dever de criar condições para que nos próximos anos a cidade que queremos no futuro possa realmente se desenvolver. “O Plano Diretor é uma carta retórica. Muitos interesses e ações podem surgir ao longo do processo de discussão e elaboração, mas ele vai nos ajudar a pensar a cidade que queremos nos próximos anos. É um projeto a longo prazo para o espaço público que queremos no futuro”, ressaltou. Segundo o vereador, a revisão do plano vai levar em conta, além da opinião popular expressa pela população durante as audiências públicas que serão realizadas, os dados revelados pelo projeto DNA Paulistano em 2008 e 2012.

Segundo ele, o mais importante neste momento é discutir o que queremos para cada uma das regiões da cidade, se essas obras são mesmo necessárias e, em seguida, pensar em como viabilizá-las. Segundo Bonduki, além disso, a grande questão deste momento é discutir também como o Arco do Futuro proposto pelo prefeito Fernando Haddad se realize nas áreas mais precárias da cidade, como as regiões de várzea ao longo dos Rios Tietê e Pinheiros, por exemplo.

“Nós temos muito poucos recursos disponíveis. Quando a gente pensa no que a gente quer fazer, é preciso pensar também no orçamento. Essa é uma das grandes polêmicas envolvendo a realização dos projetos: nós vamos ter dinheiro para realizar essas obras só com o orçamento da prefeitura? Ou vamos ter que tentar parcerias público-privadas? Mas aí vem a questão de essa parceria ser vantajosa também para as empresas privadas, essa é a grande polêmica”, explica Bonduki.

Conscientização e participação popular

Para participar, é preciso conhecer. E é por isso que a sociedade civil precisa ter um conteúdo qualificado para participar das discussões do Novo Plano Diretor. E, nesse sentido, além da sociedade civil e dos representantes eleitos pelo povo, os jornalistas tem um papel fundamental.

Para a geógrafa Ros Mari Zenha, do Fórum Suprapartidário por Uma São Paulo mais Saudável e Sustentável, o próprio governo também deve promover oficinas de formação para explicar para a população o que é um plano diretor. “Mesmo entre os movimentos sociais poucos sabem o que é o Plano Diretor. Isso evitaria que os debates em torno do Plano se tornem sessões de ‘descarrego’ ao longo do debate, isto é, que as pessoas reclamem apenas dos buracos nas ruas e da falta de segurança pública, por exemplo. As pessoas precisam entender o alcance das regras propostas no plano, que são mais amplas e dizem respeitos a normas para toda a cidade”, destaca Ros Mari.

Segundo ela, o Fórum Suprapartidário tem solicitado ao Ministério Público de São Paulo que as audiências públicas previstas pela Câmara Municipal para a discussão do Novo Plano Diretor sejam muito bem planejadas e que os materiais técnicos sejam disponibilizados com tempo hábil antes de cada reunião, gratuitamente. “Entendo que o poder público tem condições, equipe e recursos para fazer isso. Para garantir que realmente a discussão sobre o Plano Diretor seja democrática e com controle social”, afirma Ros Mari.

Para Maurício Broinizi, da Rede Nossa São Paulo, a partir de um debate qualificado entre representantes eleitos e cidadãos finalmente se poderá perceber o desenvolvimento das políticas públicas e acompanhar se os resultados propostos estarão realmente sendo realizados. “Acreditamos que é preciso qualificar o debate, e apresentar propostas para o poder público. Não adianta só ficar criticando, temos que dialogar para termos avanços. No Programa Cidades Sustentáveis, por exemplo, criamos o programa e colocamos à disposição de todos os partidos políticos e candidatos. Nós propomos diretrizes e colocamos indicadores de exemplos de políticas públicas que deram certo em diversas cidades do mundo e que poderiam ser implantadas com suas devidas adaptações também aqui no Brasil. Tudo isso para que se possa falar para os governantes que é possível fazer”, ressalta Broinizi.

José Américo, presidente da Câmara Municipal, também destaca a importância de a população saber como funciona a atuação da casa, que por lei não pode fazer projetos de impacto. Segundo ele, a grande tarefa do poder legislativo é discutir e melhorar as propostas do poder executivo. Se a Prefeitura não envia os projetos para aprovação, muito pouco pode ser feito por parte dos legisladores. “Como vereadores, nossa iniciativa é muito restrita, mas quando o Executivo manda um projeto, aí sim, temos muitas possibilidades, criando emendas”, explica, destacando que há uma articulação conjunta das Câmaras de São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e outras cidades para que se aumentem as prerrogativas do Legislativo.

Fonte: SpressoSP
http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=10&id_noticia=210902

08/04/2013 – Atualizado em 10/04/2013 – Rodoanel: moradores são contra a indenização oferecida pela SPMar. A reclamação é de quem vive na área desapropriada de Itaquaquecetuba. Empresa diz que paga indenizações com determinação da justiça .

Clique aqui e assista a reportagem completa:

http://glo.bo/ZiWv3U

Moradores da Vila Geni, em Itaquaquecetuba, na Região Metropolitana de São Paulo, estão indignados com o valor das indenizações que está sendo oferecida pela empresa SPMar, responsável pela construção do trecho Leste do Rodoanel. Várias casas do bairro estão sendo desapropriadas para a construção da estrada.

Na opinião de quem vive no bairro, o valor oferecido pela empresa para que eles deixem as casas está bem abaixo do mercado. A aposentada Francisca Barbosa dos Santos, de 58 anos, está com medo de não ter onde morar. “Eu estou acabada. O valor que eles (empresa) oferecem não dá para comprar nada. Fui para vários bairros e não achei nada que se adeque ao valor oferecido”, explica.

O almoxarife Rogério Martins vive em uma casa de 120 metros quadrados. Ele diz ter reformado o imóvel inteiro que, segundo ele, está avaliado em R$ 150 mil. Por outro lado, a SPMar diz que vai pagar R$ 69 mil pelo imóvel. “Não consigo encontrar nenhuma casa nesse valor”, explica.

Assim como o Rogério, muitas pessoas não aceitaram o valor das indenizações. Neste caso, a SPMar entrou com uma ação na Justiça para retirar as famílias das casas. O presidente da Comissão de Habitação da OAB, Anderson Begliominio, esteve na Vila Geni para conversar sobre isso com os moradores. “Como eles nunca tiveram a posse do imóvel, eles entram com essa ação, depositam o valor da indenização para poder ingressar com a posse. Por isso que foi distribuída essa ação em janeiro e os moradores estão esperando a citação. Depois, com o julgamento da ação ou na contestação, a pessoa pode retirar 80% do valor da indenização.”

Outro lado

A SPMar informou que o pagamento das indenizações é feito pela Justiça mediante a comprovação de posse do imóvel. Os moradores podem entrar com uma ação e pedir uma nova avaliação. Caso a Justiça reajuste o valor, o consórcio paga o que for determinado.

A empresa informa também que “o valor oferecido pela concessionária é baseado em laudo de avaliação realizado por peritos que seguem os parâmetros constantes da Norma para Avaliação de Imóveis Urbanos do IBAPE – Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia – 2005, e os critérios estabelecidos nas Normas para Avaliações de Bens – NBR 14.653 e com base em pesquisa imobiliária “ad hoc”, composta de valores de ofertas à época da avaliação.

“As construções são avaliadas tomando por base os critérios do Estudo Edificações Valores de Venda, consagrado pelos avaliadores de imóveis e também recomendado nas Normas da ABNT e IBAPE/SP”.

A SPMar diz ainda que “a concessionária não retira moradores das casas antes da decisão judicial e do depósito em juízo da indenização. A justiça só libera a imissão de posse após a concessionária SPMAR realizar o depósito em juízo”.

Segundo a SPMar, “todo o processo de desapropriação é uma ação judicial. A diferença é que se o morador aceita os valores propostos pela SPMAR, as duas partes confirmam esta posição perante o juiz e os pagamentos são efetuados. Se o morador não concorda com o valor, é dada a continuidade no processo judicial, passando a decisão para a justiça.

A nota diz também que “a justiça não realiza nenhum pagamento de indenização. O pagamento das indenizações é feito pela SPMAR, conforme as determinações da justiça. O dinheiro da indenização, por ser um processo judicial, é depositado em juízo e está à disposição do proprietário ou possuidor do imóvel. Cabe a parte interessada, proprietário ou possuidor, constituir um advogado para solicitar à Justiça o que lhe for de direito”

Fonte: http://g1.globo.com/sp/mogi-das-cruzes-suzano/noticia/2013/04/rodoanel-moradores-sao-contra-indenizacao-oferecida-pela-spmar.html?noAudience=true