Trecho norte do rodoanel promete reduzir o trânsito nas marginais em 20%

Dilma Rousseff (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB) assinaram convênio que pode tirar cerca de 17 mil caminhões das marginais do rios Tietê e Pinheiros

A presidente Dilma Rousseff (PT) e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), assinaram nesta terça-feira (13) um convênio que pode tirar cerca de 17 mil caminhões das marginais do rios Tietê e Pinheiros. O documento permitirá a construção do trecho norte do Rodoanel, uma obra que vai consumir R$ 6,51 bilhões e será entregue em novembro de 2014.

De acordo o governo do Estado, 65 mil veículos passarão pelo trecho todos dos dias, tirando 17 mil caminhões das marginais. Além de reduzir em 20% o tráfego local, a emissão de poluentes cairia entre 10% e 15%.

Para que a obra saia do papel o governo Dilma vai liberar R$ 1,72 bilhão, enquanto o Estado investirá R$ 2,79 bilhões e o Bid (Banco Interamericano de Desenvolvimento) outros R$ 2 bilhões. Somados os custos dos trechos Oeste (o primeiro a ser construído), Sul e Norte, o Rodoanel está avaliado em R$ 12,8 bilhões. O novo trecho terá a extensão de 43,86 kms, dos quais 13 kms serão túneis, que devem preservar o Parque da Cantareira, localizado na região.

A presidente lembrou que “São Paulo é uma referência de dinamismo econômico para o Brasil, e a cidade de São Paulo tem um aglomerado humano de impacto inimaginável em outros cantos do mundo”.

– Duas questões são importantes: tirar do centro o transporte de cargas é uma obrigação da nossa parte e assegurar que flua o transporte no centro é outra obrigação.

Já para o governador, “o maior beneficiado será o meio-ambiente”. Os dois governos também separaram R$ 155 milhões para remover 2000 famílias que moram na extensão do novo trecho. Eles terão de escolher entre receber uma casa popular ou uma indenização, cujo valor não foi revelado.

Hidrovia

Além de investir no Rodoanel, Dilma foi ao encontro de Alckmin na cidade de Araçatuba na manhã de hoje para repassar outros R$ 1,5 bilhão a fim de expandir a Hidrovia Tietê-Paraná. Desse total, R$ 900 milhões sairão dos cofres do governo federal por meio do PAC 2 (a segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento). O restante sairá dos cofres paulistas.

Com mais de 2.400 km de extensão, a hidrovia conecta alguns dos principais Estados produtores de grãos do país: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Paraná. Em 2010, passaram por ela 5.776 milhões de toneladas de cargas como milho, soja, óleo, madeira, carvão e adubo.

Fonte: publicado em 13/09/2011 às 17h38, Wanderley Preite Sobrinho, do R7.

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