Arquivo da categoria: DEFESA DA SERRA DA CANTAREIRA

Gestão de fauna e flora

Para conhecer a fundo sua biodiversidade, o governo brasileiro usa instrumentos cada vez mais precisos, seguindo suas diretrizes ambientais. Entres os instrumentos de avaliação mais importantes da atual situação da fauna e da flora estão o Primeiro Inventário Nacional de Espécies Exóticas Invasoras, a Base de Dados Nacional de Unidades de Conservação, a atualização periódica das Listas Nacionais de Espécies Ameaçadas da Fauna e da Flora; os Indicadores Nacionais de Sustentabilidade; os Relatórios Nacionais de Recursos Hídricos e os relatórios nacionais sobre as Metas de Desenvolvimento do Milênio e sobre a Iniciativa Latino-Americana e Caribenha de Desenvolvimento Sustentável (ILAC).

A elaboração de Planos de Ação nacionais para espécies ameaçadas complementa a estratégia de conservação da biodiversidade. Os instrumentos mais importantes para a gestão das espécies ameaçadas são elaborados a partir de parâmetros internacionais e sempre com a participação da academia e de organizações não-governamentais. Atualmente, o Ministério do Meio Ambiente coordena um processo para consolidar uma única lista de indicadores ambientais padronizados, que deverão ser utilizados de maneira uniforme por todas as instituições e para todos os relatórios.

Recursos pesqueiros

Em 2009, o governo estabeleceu instrumentos de ordenamento da gestão da biodiversidade aquática e marinha com o objetivo de garantir o uso sustentável dos recursos pesqueiros. Nesse caso, o levantamento das espécies ameaçadas por meio da elaboração de listas por especialistas de renomados centros de pesquisa também ajudaram a definir as políticas para o setor.
Foi possível também criar um sistema de gestão compartilhada dos recursos pesqueiros, em que o poder e a responsabilidade são divididos entre o Estado e a sociedade. Experiências em andamento na Reserva Extrativista Alto Juruá, no Acre e na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, no Amazonas, são exemplos de sucesso, em que espécies de animais submetidas a grandes pressões de captura pelas comunidades agora estão protegidas da extinção ao mesmo tempo em que geram renda e alimentos para as famílias.

Juan Pratginestós Onça Ampliar

 

Os projetos de monitoramento dos recifes de corais brasileiros têm apoio do governo e seus resultados auxiliaram no controle da saúde desses seres vivos marinhos, além de gerar informações valiosas para as questões relacionadas às mudanças climáticas globais.

Planejado o desenvolvimento sustentável

Uma das ferramentas que o Brasil utiliza para planejar a gestão integrada da paisagem é o Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE), um instrumento da Política Nacional de Meio Ambiente, que dá ao governo as bases técnicas para definir os diversos usos do território na busca de promover o desenvolvimento sustentável e ordenado, combinando crescimento econômico com equilíbrio ambiental. O ZEE orienta os planos de ordenamento territorial que definem, por exemplo, que atividade pode ser desenvolvida em determinadas áreas. O ZEE se sobrepõe a outras formas de zoneamento também adotadas pelo governo para a gestão da paisagem, como o Zoneamento Agroecológico, responsável pela delimitação das lavouras de cana-de-açúcar, evitando sua expansão para a Amazônia, o Pantanal e áreas com vegetação nativa.

Em 2010, o Conselho Nacional Coordenador do ZEE aprovou o Macrozoneamento Econômico-Ecológico da Amazônia, um conjunto de estratégias para a promoção do desenvolvimento regional e conservação ambiental.

Também fazem parte da política para o setor o estabelecimento de corredores ecológicos – faixas de vegetação que ligam fragmentos florestais ou áreas protegidas  separados por estradas, lavouras, clareiras abertas pela atividade madeireira, proporcionando à fauna o livre trânsito entre as áreas florestadas,  permitindo a troca genética entre as espécies.

O Projeto Corredores Ecológicos, desenvolvido pelo governo, comprovou a viabilidade desta abordagem para a gestão territorial. Dois projetos-piloto devem ser concluídos em 2011 – o Corredor Central da Mata Atlântica, com 21 milhões de hectares, incluindo 8 milhões de hectares de área marinha e o Corredor Central da Amazônia, com 52 milhões de hectares na região mais bem preservada de toda a Amazônia.

Alem disso, o País também conta com comitês voltados para a gestão das bacias hidrográficas brasileiras, reunindo representantes do governo, universidades, ribeirinhos e iniciativa privada. As bacias são o eixo de uma das mais eficazes políticas de gestão de paisagens no Brasil. Os 159 comitês organizados pelo governo funcionam de modo participativo. Eles têm importante papel na implantação de mecanismos de pagamento pelo uso da água em que os recursos retornam para os projetos aprovados pelos comitês.

Fonte: http://www.brasil.gov.br

Uma convenção para preservar a vida

Representantes de 193 países se reunirão em Nagoya, no Japão, entre 18 e 29 de outubro, para buscar um acordo global que reduza de maneira significativa a perda de biodiversidade no planeta pelas próximas décadas. Entre os principais pontos a serem discutidos na décima reunião das partes da Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica (COP10), estão a definição de metas globais para a conservação das espécies até 2020 e a adoção de regras justas para o acesso e repartição dos benefícios resultantes do uso de recursos genéticos.

À frente do grupo de 17 países detentores da maior biodiversidade do planeta, o Brasil está empenhado na obtenção de um forte acordo  internacional, que inclua metas realistas e preveja um aumento significativo no fluxo global de financiamento para as ações de conservação da biodiversidade em todo o mundo. Em Nagoya, o País também trabalhará para que se chegue  a um consenso mundial sobre um protocolo para o acesso e repartição de benefícios gerados a partir da utilização de material genético de maneira justa e equânime.

As bases da convenção

A Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) é um tratado da Organização das Nações Unidas, estruturada sobre três bases principais:

•    A conservação da diversidade biológica
•    O uso sustentável da biodiversidade
•    A repartição justa e sustentável dos benefícios provenientes da utilização dos recursos genéticos

A Convenção engloba a biodiversidade em três níveis: ecossistemas, espécies e recursos genéticos. Ela inclui ainda a biotecnologia, por meio do Protocolo de Cartagena. Sobre Biossegurança.Todos  aspectos direta ou indiretamente ligados à biodiversidade e seu papel nos campos do desenvolvimento, ciência, políticas, educação, agricultura, negócios e cultura também fazem parte do escopo da Convenção.

Fonte: http://www.brasil.gov.br

Política Nacional de Biodiversidade

A Política Nacional de Biodiversidade adotada no Brasil é resultado de uma série de consultas públicas realizadas em todo o território nacional, que tiveram ampla participação da sociedade. Para sua formulação, o governo promoveu também estudos básicos como o nível de adequação da legislação brasileira à Convenção sobre Diversidade Biológica, a síntese do estado de arte do conhecimento da biodiversidade brasileira, análise comparativa de estratégias nacionais de biodiversidade de 46 países e a síntese de registros sobre o conhecimento tradicional associado à biodiversidade.

Brasil possui regras para acesso aos recursos genéticos

Em 2001, o governo brasileiro começou a regulamentar no País a cláusula da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) sobre o acesso aos recursos da biodiversidade e conhecimentos tradicionais associados e os benefícios que resultam de seu uso. Uma medida provisória criou o Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (CGEN), formado por representantes do governo, sociedade civil e comunidades tradicionais. O conselho orienta-se por um amplo arcabouço legal, científico e técnico para autorizar o acesso ao patrimônio genético e aos conhecimentos tradicionais associados.

Como parte dos esforços brasileiros para implementar os artigos da CDB que tratam do acesso à biodiversidade, o Ministério do Meio Ambiente desenvolve desde 2006 um programa de capacitação e conscientização para indígenas e comunidades tradicionais sobre o que diz a Medida Provisória brasileira sobre esse assunto.

Além disso, o governo ratificou a Convenção 169, da Organização Internacional do Trabalho e a Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas. Os dois contêm cláusulas sobre a proteção dos conhecimentos tradicionais.

Política brasileira de mudanças climáticas

O combate ao desmatamento na Amazônia é parte fundamental da estratégia brasileira para enfrentar o aquecimento global. De acordo com o primeiro Inventário Brasileiro de Gases de Efeito Estufa (GEE), 75% das emissões nacionais vêm do desmatamento e das mudanças no uso do solo.

Em dezembro de 2009, às vésperas da Conferência do Clima da ONU (COP15), o Brasil apresentou sua Política Nacional de Mudanças Climáticas com a meta de reduzir as emissões entre 36.1% e 38,9% até 2020. No mesmo ano, o governo anunciou a redução histórica do desmatamento na Amazônia – o menor índice nos últimos 20 anos – , constatada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

A legislação busca assegurar que o desenvolvimento econômico e social do País seja compatível com o objetivo mundial de combate às mudanças climáticas, ao mesmo tempo em que estimula o uso da energia limpa, área em que o Brasil serve de referência nesta área internacional devido à sua matriz energética renovável.

Diversos programas, fóruns e legislações relacionados às mudanças climáticas também estão sendo elaborados e colocados em prática por estados e municípios brasileiros, a exemplo da Bahia, Pernambuco, Mato Grosso e São Paulo. Empresas brasileiras de grande porte também são estimuladas a agir em prol do clima. Algumas das maiores corporações brasileiras já realizam e publicam voluntariamente seus inventários com o objetivo de fazer a gestão das emissões de gases estufa.

O Plano Nacional de Mudanças Climáticas – que especifica as ações previstas na política nacional – tem como uma de suas metas reduzir o desmatamento em 80% até 2020. Isso deverá evitar a liberação de cerca 4, 8 bilhões de toneladas de CO² durante esse período. Também foi anunciado o compromisso de redução de, pelo menos, 40% de emissões no Cerrado.

Para atingir suas metas, o governo planeja diversas ações para aprimorar seu já reconhecido sistema de monitoramento por satélite, criar novas áreas protegidas – sobretudo na Amazônia, mas também no Cerrado e na Caatinga – e estabelecer medidas adicionais para reduzir as emissões em setores específicos de sua economia, como a agricultura, a siderurgia e o setor energético.

Fundos para o clima

Ao anunciar sua Política Nacional de Clima no final de 2009, o governo divulgou a criação do Fundo Nacional de Mudanças Climáticas, que usará recursos da exploração de petróleo para financiar ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas. O fundo deverá começar a operar em 2011, com um orçamento de cerca de US$ 500 milhões por ano, mas estará aberto também a doações de instituições nacionais e internacionais.

A Amazônia conta com um fundo específico, o Fundo Amazônia, cujo foco principal é reduzir as emissões de gases do efeito estufa provenientes do desmatamento na região. O fundo já opera com cinco projetos que seguem os princípios do mecanismo de REDD (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação), que está sendo negociado no âmbito da Convenção do Clima.

Fonte: http://www.brasil.gov.br

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23/09/2010 – O que o Brasil está fazendo para conservar a biodiversidade

O Brasil está empenhado na conservação da sua biodiversidade. Governo e sociedade se articulam para enfrentarem juntos um dos maiores desafios da humanidade neste século: garantir o meio ambiente saudável para as futuras gerações dentro de uma lógica de desenvolvimento sustentável.

A Organização das Nações Unidas (ONU) reconhece o papel do Brasil como líder mundial na criação de áreas protegidas. Dos 700 mil km² de áreas destinadas à conservação e uso sustentável da biodiversidade criadas em todo o mundo desde 2003, o Brasil participa com cerca de 75% desse total. A criação de áreas protegidas é considerada pela ONU como uma das principais ferramentas de conservação da biodiversidade do planeta.

No combate ao desmatamento, o Brasil está superando suas metas. Em 2009, o desmate na região amazônica apresentou uma queda de 42% em relação ao período anterior, atingindo os níveis mais baixos das duas últimas décadas. Para 2010, a expectativa é que esse índice seja ainda menor.

As recentes quedas no desmatamento da Amazônia são resultado de uma série de políticas governamentais para proteger a floresta e oferecer alternativas sustentáveis às 25 milhões de pessoas que vivem na região. A estratégia é baseada em ações rígidas de fiscalização aliadas a um dos sistemas mais eficientes do planeta para o monitoramento por satélite de florestas tropicais, que permite a detecção do desmatamento em quase tempo real. O sistema, que já se tornou referência internacional, agora será ampliado para outros biomas.

A regulamentação brasileira de acesso e repartição dos benefícios do uso dos recursos genéticos aliada a incentivos para o uso sustentável da biodiversidade também são ações estratégicas do País para a conservação de seu patrimônio natural. A formulação da Política Nacional da Biodiversidade contou com a anuência de organizações não governamentais (ONGs), universidades, comunidades, povos tradicionais e empresários. Uma legislação ambiental avançada complementa o arcabouço que o Brasil criou para proteger o meio ambiente.

Fonte: http://www.brasil.gov.br

BID aprovou empréstimo de US$ 1.1 bilhão para a construção dos 44 km do trecho norte do Rodoanel Mário Covas, em São Paulo, Brasil.

Recursos do Banco complementarão financiamento dos governos federal e estadual para que último trecho da obra seja entregue.

O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) aprovou hoje empréstimo de US$ 1.15 bilhão para a construção dos 44 km do trecho norte do Rodoanel Mário Covas, em São Paulo. Trata-se da última etapa da obra de 177 km, um dos maiores e mais importantes projetos de infra-estrutura já executados no Brasil.

Em construção há mais de uma década, os trechos em operação do Rodoanel já contribuem para a melhora do transporte de carga e passageiros, ao reduzir o tráfego e a poluição na região metropolitana de São Paulo. Em consequência, houve ganhos na qualidade de vida e produtividade na área.

“Com a conclusão do trecho norte, parte significaticativa do tráfego com destino final ao porto de Santos, países do Mercosul e outras regiões no Brasil deixará de passar pela região metropolitana, o que diminuirá os congestionamentos”, explica Vera Lucia Vicentini, especialista do BID e lider do projeto. “A população disfrutará de melhor conectividade e mobilidade, além de contar com mais segurança durante suas viagens”.

A região da Grande São Paulo apresenta graves problemas de congestionamento devido, entre outros fatores, ao crescimento anual de 5% da frota de veículos na região metropolitana e à estrutura radial das 10 principais rodovias do país pelas quais transitam cerca de um milhão de veículos por dia e que cruzam obrigatoriamente a cidade. A Marginal Tietê e a Marginal Pinheiros, principais vias de São Paulo, estão saturadas 60% do tempo e apresentam um elevado número de acidentes.

Juntamente com o Ferroanel e a criação de centros logísticos integrados, o Rodoanel deve ainda melhorar o acesso a importantes áreas de produção e comercialização e centros de conexão internacional, reduzindo o tempo de viagem com ganhos significativos no custo do transporte e na produtividade.

A expectativa é de que o trecho norte do Rodoanel seja entregue em novembro de 2014. A obra conta com três fontes de financiamento. Além do US$ 1.15 bilhão do BID, receberá aporte de US$ 980 do Governo Federal e outros US$ 890 milhoes do Governo do Estado de São Paulo.

Os 44 km do trecho norte ligarão o final do trecho leste – na intersecção com a rodovia Presidente Dutra – à Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, no início do trecho oeste. Haverá ainda interligações com o aeroporto internacional de Guarulhos e a rodovia Fernão Dias.

Com o trecho norte, espera-se que a média de tráfego diário na Marginal Tietê caia 10% no primeiro ano de operação (porcentual que chegara a 13% em 2024). Gracas à velocidade média dos veículos pode aumentar 17%. Além disso, estima-se que o trecho norte contribuirá para reduzir a emissão de gás carbônico em cerca de 0,5 milhão de ton/ano e o material particulado emitido pelo tráfego de veículos na Marginal Tietê em 18%.

O empréstimo tem prazo de 25 anos, com período de graça de cinco anos e taxa de juros variável baseada na LIBOR.

Fonte: Banco Interamericano de Desenvolvimento, comunicados de imprensa, 08/11/2011.

PALESTRA NA FAAP – FUNDAÇÃO ARMANDO ÁLVARES PENTEADO – CONFERÊNCIA RIO +20 EM 2012

Data: 17 de novembro de 2011 –  quinta-feira – às 19:30 horas

Local: Auditório 2 – Sede –  FAAP 

Rua Alagoas, 903 – Higienópolis – São Paulo

Tel: (11) 3662-7449

Ligue e confirme sua presença!

consulte o site www.faap.br/pos

Comissões do Senado aprovam novo Código Florestal

Preservação ambiental

O texto base do relatório do senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC) sobre o projeto do novo Código Florestal foi aprovado pelas Comissões de Agricultura (CRA) e de Ciência e Tecnologia (CCT). O relatório recebeu 12 votos favoráveis e um contrário na CCT foi aprovado pelos 15 senadores da CRA presentes à reunião. Já a votação dos destaques deve dividir os parlamentares, que tentam chegar a um entendimento até a próxima reunião.

Luiz Henrique já havia lido seu relatório no dia 25 de outubro, mas pedido de vista coletivo adiou a votação da matéria. Na apresentação desta terça-feira (8/11), ele relacionou as novas emendas apresentadas ao texto, informando ter acatado três — uma para aperfeiçoar o texto do artigo que trata de atividades consolidadas em manguezais até 2008 e duas modificando a redação de artigo que trata do Plano de Suprimento Sustentável, que será elaborado por indústrias que usam grande quantidade de matéria-prima florestal.

O texto aprovado divide o novo Código Florestal em duas partes: uma com regras permanentes, para regular o uso e a proteção de áreas florestadas; e outra com normas transitórias, que tratam da regularização das áreas protegidas que foram desmatadas de forma irregular.

Nas disposições transitórias, Luiz Henrique manteve os Programas de Regularização Ambiental (PRA), previstos do texto da Câmara, como norteadores das ações para resolver o passivo ambiental. Os programas terão normas gerais definidas pela União e normas específicas fixadas pelos estados e pelo Distrito Federal.

Nas disposições permanentes, entre outros ajustes, o relator incluiu a indicação de criação, pelos governos federal e estaduais, de programa de incentivos econômicos para a manutenção e recuperação de vegetação nativa. Esses programas deverão premiar e remunerar agricultores que mantiverem áreas florestadas e que prestam serviços ambientais que beneficiam toda a sociedade.

Manguezais

Luiz Henrique também inseriu no projeto os manguezais como áreas de preservação permanente. O ecossistema é considerado área protegida na lei em vigor, mas havia sido retirado do texto aprovado pela Câmara. Em seu substitutivo, o relator estabelece proteção aos manguezais, mas regulariza atividades consolidadas até 2008 em apicuns e salgados, que fazem parte dos mangues.

O relator também incluiu artigo prevendo que a União, estados e o Distrito Federal realizarão em conjunto um inventário florestal, para permitir o monitoramento da qualidade das florestas existentes em terras públicas e privadas.

Área protegida

O texto aprovado mantém alteração feita por Luiz Henrique quando da votação na Comissão de Justiça (CCJ), detalhando as hipóteses de utilidade pública, interesse social ou baixo impacto ambiental para intervenção nas áreas protegidas. Também mantém texto que explicita norma para autorização de atividades agrossilvopastoris, de ecoturismo e turismo rural em Área de Preservação Permanente (APP) exclusivamente para atividades consolidadas até julho de 2008.

Destaques

Os senadores Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) e Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) apresentaram, cada um, três destaques ao projeto. Nas sugestões de Rollemberg está norma para a recuperação de APPs em rios com mais de dez metros de largura. O relatório já prevê que, para rios com até essa largura, seja obrigatória a recomposição de 15 metros de mata ciliar, mas é omisso quanto a rios mais largos.

O senador pelo DF propõe 30 metros de APP para rios de 10 a 100 metros; 50 metros de APP para rios de 100 a 200 metros de largura; e 100 metros de APP para rios com largura acima de 200 metros.

Ele também quer modificar o texto para deixar explícito que a desobrigação de recomposição de reserva legal, nos casos de propriedades de até quatro módulos fiscais, só é válida para as propriedades que tinham quatro módulos em 22 de julho de 2008. O senador considera que essa exigência não está clara no texto de Luiz Henrique.

Rollemberg propõe ainda incluir dispositivo para prever que uma das formas de recuperação de espécies nativas seja a regeneração natural, “já que em muitos casos o mero isolamento de uma APP, por muitos anos seguidos, é capaz de promover a sua regeneração”.

Já Valadares sugere que a delimitação de mata ciliar seja a partir do leito maior dos rios (no período de cheias) e não da calha regular, como consta do texto. Em outro destaque, ele propõe que seja detalhada a regra para situações excepcionais para supressão da vegetação nativa em APP.

Ele sugere ainda que o prazo para adesão a programa de regularização ambiental seja prorrogado por uma única vez. Conforme argumenta, a possibilidade de prorrogações indefinidas, como consta do texto em exame, configura em “anistia eterna” para aqueles que desmataram irregularmente áreas protegidas.

Ao comentar os destaques, Luiz Henrique da Silveira disse ser consenso que a APP em margens dos rios seja delimitada a partir da calha regular. Quanto aos outros destaques, o relator disse considerar possível que sejam acatados na Comissão de Meio Ambiente (CMA), para onde o texto seguirá após a conclusão da votação na CRA e CCT. Com informações da Agência Senado.

PLC 30/2011

Fonte: Revista Consultor Jurídico, 8 de novembro de 2011 www.conjur.com.br