02/05/2024 – No texto “O Estado quer que você morra”, postado em 28.09.2023, abordei a dificuldade que hospitais que atendem pacientes oncológicos têm para fazer mágica e custear a diferença de medicamentos de R$ 7 mil (valor da APAC) para R$ 40 mil (custo real deles). A União contestou a ação judicial movida pelo hospital e afirmou que a diferença entre os valores NÃO LHE INTERESSA e o HOSPITAL QUE SE VIRE, pois “todos os medicamentos para o tratamento do câncer devem ser fornecidos pelo estabelecimento de saúde” e “elas [instituições] tem o dever de prestar-lhe todo o tratamento a expensas do SUS, inclusive ministrando-lhe a medicação necessária. Disse o advogado da União que “é preciso considerar que as escolhas feitas pelo administrador se baseiam em RESTRIÇÕES DE ORDEM FINANCEIRA” e que “não se pretende fechar os olhos para o direito à vida, à saúde e às mazelas enfrentadas pela população, mas sim reconhecer a IMPOSSIBILIDADE MATERIAL DO SUS DE AMPARAR A TODOS os seus beneficiários da forma como gostariam.” E conclui: O SUS NÃO POSSUI CAPACIDADE ORÇAMENTÁRIA PARA FORNECER O MELHOR TRATAMENTO PARA TODOS OS PACIENTES e o deferimento de tratamentos de alto custo possui impacto extremamente danoso e inviabilizam a efetivação de diversas políticas públicas.” Noutras palavras, pessoas morrerão. Paciência.

Reprodução Instagram @josenir_teixeira

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