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Em 2017, vieram à tona histórias de #assédio sexual do passado e também atuais, sobre mulheres famosas, mas também desconhecidas. Em todo o mundo, mulheres resolveram falar abertamente sobre abusos vividos, conscientes de que o silenciamento só fortalece a cultura do estupro e os homens que exercem o poder por meio da violência. No Brasil, o assédio no #Carnaval tem sido abordado pela população do sexo feminino, pela sociedade civil e pelos órgãos públicos. Na imprensa, os veículos já denunciam casos de abuso, questionam posicionamentos e divulgam estatísticas de violência no período da folia. A vontade da mulher, enfim, ganhou algum destaque. Paquerar, beijar e se divertir fazem parte do Carnaval, mas há uma condição inegociável: é preciso respeitar o outro. É preciso que haja consentimento. Em defesa dessa ideia, a @ONUMulheresBr se uniu à campanha #CarnavalSemAssédio, do @CatracaLivre. Em 2018, a iniciativa chega à sua terceira edição com uma proposta diferente: mostrar os locais de grandes cidades em que as mulheres são mais vulneráveis a abusos. Outra frente da mobilização é a cobrança de providências do poder público. Em 2017, só no Rio de Janeiro, uma mulher era agredida no Carnaval a cada 4 minutos. Com o apoio da rede Nossas, da qual fazem parte as instituições parceiras da campanha ‘Minha Sampa e Meu Recife’, o Catraca Livre criará um mapa com relatos de assédios, tabulando os dados coletados e encaminhando-os às autoridades competentes. O objetivo é pensar conjuntamente a criação de políticas públicas que possam combater o problema. Qualquer pessoa pode contribuir com a campanha. Se souber de algum caso de assédio que tenha ocorrido neste e em outros Carnavais, entre em aconteceunocarnaval.org e conte sua história. O Catraca Livre e a ONU Mulheres lembram ainda que o canal oficial para atendimento de vítimas de violência contra as mulheres é o Ligue 180, em que profissionais treinadas dão orientações de forma gratuita, 24 horas por dia.

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