Finalmente ficou decidido qual será o trajeto a ser adotado pelo trecho Norte do sistema viário do RODOANEL. Com muita discussão, debate e diversas etapas que resultaram em até dúvidas sobre o sucesso da empreitada, o Dersa chegou a uma conclusão apresentada para a comunidade da região afetada.
Entre as alternativas até então existentes, a opção foi por aquele que – apesar de alguns desafios de engenharia – contemplasse menor impacto nas matas e reservas existentes junto à Serra da Cantareira, uma grande área constituída de muito verde, geografia acidentada e que faz parte do patrimônio natural da Grande São Paulo, na medida que – além da Capital, também localiza-se junto à Guarulhos.
As informações iniciais passadas são as seguintes:
Reconhecendo a Serra da Cantareira como elemento estrutural fundamental, o estudo considerou três opções gerais de traçado: exterior (passando pela represa Paiva Castro e Mairiporã), intermediária (pelo Norte da serra, rente ao Parque Estadual da Cantareira na parte “de cima”), e a interior (na parte Sul da Serra, parte “de baixo” do parque).
2 – Avaliadas as opções, foi escolhida a opção interior, com um traçado mais curto e menos impactante ao Parque Estadual da Cantareira e aos futuros parques Itapetinga e Itaberaba, em Guarulhos. Essa opção interfere em 98 hectares de mata, contra 129 hectares da opção intermediária.
3 -Seis túneis, com uma extensão total de 6,3 km, sendo cinco em São Paulo e um em Guarulhos. A obra ocupa uma faixa de domínio de 130 metros. Ficou claro que pelo menos dois trechos urbanos, ainda livres de edificações, serão afetados: a várzea em frente à Estação de tratamento do Guaraú, na av. Santa Inês, e a Fazenda Santa Maria, entre as avenidas Nova Cantareira e Cel. Sezefredo Fagundes.
4 – O Clube de Funcionário da Sabesp, na Vila Rosa, será praticamente transformado em pátio de obras, pois estaria entre a desembocadura de dois túneis.
5 – Cerca de 2.700 edificações, que incluem 2.200 residências, terão que ser removidas, mediante desapropriação ou programas de reassentamento.
6 – Todos os cruzamentos da rodovia com o Parque Estadual da Cantareira serão feitos por túneis que, segundo a equipe que elaborou o EIA-RIMA, serão profundos, a cerca de 90 metros de profundidade.
7 – Os trechos Oeste e Sul, já em funcionamento, não tem ligação com avenidas locais. Mas o trecho Norte prevê uma conexão com a av. Inajar de Souza, na Brasilândia. Isso pode induzir a ocupação no entorno dessa área.
8 – O EIA (Estudo de Impacto Ambiental) e o RIMA (Relatório de Impacto Ambiental) da trecho Norte já estão disponíveis para serem baixados no site www.dersa.sp.gov.br, clicando em Rodoanel, trecho Norte.
O trecho Norte do Rodoanel com certeza enfrentará situações judiciais em relação à questão ambiental, mas visto à prioridade dado a ele pelo Governo do Estado conseguirá levar adiante o início das obras provavelmente ainda neste ano de 2011. Este trecho representa a interligação com as Rodovias Dutra, Fernão Dias e outras vicinais, tornando mais consistente ainda o fluxo logístico para o sistema viário.
Fonte: www.rodoanelnews.com.br